Criptofascismo e videogame é um tema que já tocamos levemente em nossos episódios anteriores, ao abordarmos a cooptação das comunidades de jogadores pelo discurso da extrema direita, mas que merecia um episódio próprio. O criptofascismo, "uma a prática de esconder ideias fascistas sob disfarces socialmente aceitáveis" (MUSSA, 2019), é uma das formas pela qual a alt-right codifica seu discurso e invade espaços para convencimento de determinado grupo. Essa tática ficou famosa pela figura do neonazista Richard Spencer e permitiu que a cultura gamer adotasse esses símbolos e utilizasse de uma retórica que os blindava de críticas a partir de uma posição irônica.
Então como podemos entender a relação do criptofascismo e videogame? Para tratar esse assunto, recebemos o Doutor em Comunicação e professor substituto na UFRN Ivan Mussa, autor do artigo Ódio ao jogo: cripto-fascismo e comunicação anti-lúdica na cultura dos videogames, que usamos como base para este episódio e que foi indicado em nosso episódio anterior, no Regras do Jogo #74 – Bibliotecas Em Videogames.
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Participantes
Fernando HenriqueIvan Mussa
Indicações do episódio:
Jogo Genshin ImpactArtigo Richard Seymour - Não, as redes sociais não estão destruindo a civilizaçãoArtigo Cory Doctorow - How to destroy surveillance capitalismLivro Nick Dyer-Witheford, Greig de Peuter - Games of Empire: Global Capitalism and Video GamesArtigo Woodcock & Johnson - Gamification: What it is, and how to fight itJogo: Caves of Qud Vídeo Contrapoints - The Left Vídeo Innuendo Studios - Alt-right’s Playbook
Músicas:
Persona 5 – Beneath The Mask lofi chill remixEVA - 失望した