#13 - Através do autoconhecimento percebemos que o ser humano é uma criatura caída e decadente.
O pecado não só nos alienou de Deus, mas também de nós mesmos. O fruto do pecado é a doença da alma e a desintegração do caráter. O corpo, antes puro e perfeito, agora é inflamado pelos impulsos pecaminosos.
A vontade, permanentemente inclinada para o mal, não escolhe seguir o caminho do bem que gostaria e deveria. A mente oposta às emoções, que por sua vez mostram-se desobedientes e desordenadas. O ser humano caído não é mais um ser equilibrado e centrado, mas instável, inconstante, distraído pelas paixões e impulsos cegos e sem forças para obedecer a Deus (Rm. 5:6).
Na vida arruinada pelo pecado, a mente se torna um deserto tenebroso, um vale de dragões: uma mistura desarranjada de pensamentos deslocados e sentimentos ambíguos, manifestada em atos inconsistentes, incoerentes, confusos e estúpidos. A vida cristã saudável do coração partido, da condenação e repúdio ao mal se impõe diretamente contra o estado de pecado da alma.
Nenhuma outra linha de pensamento é melhor antídoto contra a infecção venenosa do pecado. Não escape do seu próprio eu, mas enfrente-o honestamente. O pecado costumava ser visto como a sombra, as trevas, a escuridão que nos acompanha o tempo todo.
Quanto mais as trevas do autoconhecimento se aprofundarem em nós, mais a verdade divina brilhará. É no solo do quebrantamento - quando mantemos a alma em constante estado de luto e humilhação - que a graça prospera e floresce.