A Semana Santa é assim designada por se tratar dos últimos dias da ação de Cristo em vida, até sua condenação e morte. Ela tem início com o Domingo de Ramos, a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, sendo aclamado por uma alegre multidão com ramos de palmeiras nas mãos e a exclamar Hosana nas alturas, Hosana ao Filho de Davi!
Os dias seguintes são decisivos, mas é a partir da quinta-feira que a intensidade se torna mais palpável, inaugurando o que ficou conhecido como Tríduo Pascal. Na liturgia deste dia, a celebração relembra Cristo e seus discípulos reunidos no cenáculo para cear. Os Apóstolos não sabem que aquela é a última ceia, eternizada pela arte de Leonardo da Vinci no renascimento. É a instituição da Eucaristia, na qual em toda celebração do Santo Sacrifício da Missa as mesmas palavras de Jesus são repetidas pelo sacerdote que diz: Isto é meu corpo… Isto é meu sangue…! (Mt 26, 26-29) Acontece que após esta reunião, em que alguns dos discípulos não entendem bem os ensinamentos de seu mestre naquele momento, Jesus se retira ao Monte das Oliveiras para rezar, junto com alguns deles como Pedro. Uma cena se sobrepõe à outra sucessivamente. Naquele monte se dá a agonia de Cristo, Ele prestes a ser preso e condenado à morte. Os discípulos que lhe acompanham na vigília são poucos, e não suportam o cansaço nem percebem que aqueles são os últimos momentos com Jesus. No meio da noite algo estranho acontece. Soldados armados conduzidos por um dos discípulos prendem Jesus. Um tumulto se estabelece, mas o próprio Cristo acalma a Pedro, o mais exaltado. A partir de então, pouco a pouco todos os apóstolos vão saindo de cena, com exceção do próprio Pedro, que permanece à espreita, e João. Os demais fogem com medo de tudo o que ocorre com Jesus, algo que lhes poderia atingi-los diretamente.