#SOA_051 | vende-se uma artista: venda-se e chama de branding, é chic ;)

Queride artista, a carta-ensaio desta semana fala sobre o dilema entre o “ser autêntica” e o “ser comunicável” esse malabarismo que todo mundo que cria já tentou fazer um dia.

Entre LinkedIn, universidade e o medo de se expor, falo sobre construir uma identidade pública sem se trair, sobre como comunicar pode ser um ato de amor (e de resistência), e sobre transformar o constrangimento de se vender em estratégia de permanência.

💡 Destaques do episódio:

– O LinkedIn como museu colonial das redes sociais

– Branding não é disfarce: é processo, não performance

– Constância: o que muda tudo entre o medo e a coragem

– Bordalo II e a ironia de vender arte feita de lixo numa cidade que se vendeu

– Pergunta da semana: o que cabe na tua boca e o que você consegue sustentar sem se engasgar?

💌 Uma carta pra quem já duvidou do próprio valor, mas continua tentando com espinha na cara, blusa colorida e vontade de existir com verdade.

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#SOA_050 | as caixinhas

Queride artista, a carta-ensaio desta semana mergulha nas trajetórias fora da caixinha e no tabuleiro global da arte. Entre biografias, curadorias, tarifas de cinema e turnês que desafiam fronteiras, cruzo Ndikung, Trump e Bad Bunny para pensar: quem define a legitimidade e como a arte responde às pressões locais e globais?

Do salto no abismo das carreiras artísticas à política que tenta enquadrar a cultura, essa edição é sobre assumir o risco, a teimosia e a potência de não caber onde esperam que a gente caiba.

💡 Destaques do episódio:– Ndikung: ciência e arte caminham juntas, sem rupturas– Trump e a tarifa de 100%: cinema como segurança nacional– Bad Bunny: global é quem ousa ser local até o fim– Perguntas para pensar: o que você consome, financia e legitima no cenário global?

💌 Uma carta para quem já foi cobrado a “se encaixar” — mas escolheu criar narrativas próprias, inventar caminhos e reconhecer que a legitimidade nasce fora da caixinha.

📚 Estudar é preciso:

1.Da ciência à arte: o camaronês que assina curadoria da Bienal de SP

2.Trump diz que vai impor tarifa de 100% em filmes feitos fora dos EUA

3.Como Bad Bunny excluiu EUA de turnê e acabou como atração do Super Bowl

4.Como Bad Bunny injeta milhões na economia de Porto Rico levando fãs do mundo todo à ilha

5.Governo Trump diz que agentes de imigração vão fiscalizar show de Bad Bunny

6.Vídeo Bienal de SP com o curador Prof. Dr. Bonaventure Soh Bejeng Ndikung ;)

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#SOA_049 | crença na legitimidade

Queride artista, a carta-ensaio desta semana fala sobre legitimidade, burocracia e sobrevivência criativa. Entre Weber, Saramago, Tácito e Julia Weist, entro no território tenso das jaulas sociais, dos contratos que nos regem e da arte como trincheira.

Na fila da AIMA com Weber na mão, penso: quem domina o aparelho burocrático existente? Como seguimos artistas em meio às regras que pedem afastamento do amor, quando é justamente ele que nos move?

💡 Destaques do episódio:– Burocracia arma jaulas; a legitimidade pergunta por que obedecemos– “Sine ira et studio”: o sem ódio, sem paixão e… sem amor– Produtores e editais: o caos burocrático partilhado em um copo de vinho– Arte como território de autenticidade e reconhecimento

💌 Uma carta para quem já se sentiu perdido entre papéis, regulamentos e sistemas que tentam engessar a criação — mas ainda assim insiste em existir na sua potência criativa.

📚 Estudar é preciso:– Bruna Fetter — O papel do mercado na legitimação artística (Artigo+ YouTube + Site)– Julia Weist — Reach (2015) e a palavra parbunkells (NYMagazine: A New Word on the Internet)– Max Weber — Economia e Sociedade– Saramago — carta a Fidel (Até aqui cheguei)

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Nossa lista de espera da turma 02 da oficina “Estado Bruto: da Faísca da Ideia ao Movimento de Criação”.

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#SOA_048 | falar é um luxo - e não é para todo mundo: um giro nas experiências de prazer e de dor

Queride artista, a carta-ensaio desta semana fala sobre o preço da fala, a raiva como linguagem e a coragem de não se calar. Entre Anne Carson, bell hooks e rebecca solnit, entramos no campo tenso do amor e do ódio como motores da criação e na pergunta que não cala: quem paga o preço de falar? Quem ganha por séculos com o siliencio?

Do doce ao amargo, da raiva à comunicação, esta carta percorre as violências históricas da arte, os protocolos de hipocrisia que sufocam mulheres e a necessidade de transformar ferida em ferramenta.

💡 Destaques do episódio:– Falar é um luxo (e tem preço)– Raiva como potência e não só ruído– Arte como história de violências– O silêncio nunca protegeu: falar expõe e organiza

💌 Uma carta para quem já se sentiu julgada por falar “alto demais”, “raivosa demais” ou “incômoda demais” e ainda assim insiste em existir na sua potência criativa.

📚 Estudar é preciso:Anne Carson — Eros: Amargo e Doce

bell hooks — Tudo sobre o amor

rebecca solnit — recordações da minha inexistência

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#SOA_047 | meu subúrbio ainda me pertence - um ano depois: o preço do querer, a força do não

Queride artista, a carta-ensaio desta semana é celebração e balanço: um ano inteiro de cartas, contrações e escolhas. Escrevo ao passado, ao futuro e ao presente para lembrar que sustentar um querer tem preço, e que dizer “não” também é invenção de sobrevivência.

Entre intuições, folhas tatuadas e convites recusados, falo sobre o que significa não ter vergonha de onde se vem e o que custa escolher a si mesma em vez do óbvio. Essa carta é também um diário do subúrbio que segue me atravessando, mesmo em Lisboa, e da força de inventar espaços próprios para não morrer.

💡 Destaques do episódio:

– Artista da semana: Raphael Brunet (RJ), autor de Tu tá no RJ, não é Disney e da intervenção O maior museu do mundo é a rua.– O preço das escolhas e o aprendizado de sustentar um “não”.– O subúrbio como sobrevivência e como espaço de criação.– Um ano de SOA: das dores que viraram cartas à invenção de mapas e índices vivos.– O óbvio de fora não é o óbvio de dentro: a coragem de sustentar o querer.

💌 Uma carta para quem já se perguntou o que perde ao escolher.Para quem aprendeu que pertencimento não é geografia, mas corpo no espaço público. Para quem busca inventar novas formas de existir sem se envergonhar de onde veio.

Uma carta sobre intuição como bússola, o “não” como salvação e a escrita como casa portátil.

🔗 Links importantes:

📨 Carta completa: https://seorganizaartista.substack.com/p/soa_047-meu-suburbio-ainda-me-pertence

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📚 Estudar é preciso – referências e links da carta:

– Livro Arte e Medo – David Bayles e Ted Orland– Podcast Para dar nome às coisas – Intervenções de Raphael Brunet: @cansadodainternet– Arquivo completo de cartas: https://seorganizaartista.substack.com/archive

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#SOA_046 | febre - o corpo doente diz o que mesmo? valer a pena para si

Queride artista, a carta-ensaio desta semana é um mergulho na febre, nas pausas forçadas e no corpo que insiste em nos lembrar que não dá para sustentar prática criativa só no ritmo do imediatismo.

Entre sonhos com Beyoncé, reuniões febris e prazos que se acumulam, falo sobre o peso da insegurança, a necessidade de ancoragem e a importância de transformar organização em autocuidado.

É uma carta sobre o que se perde e o que se aprende quando o corpo diz “chega”. Sobre como a solidão e a urgência atravessam a vida de quem empreende de si, e sobre a coragem de encontrar prazer na pausa.

💡 Destaques do episódio: Artista da semana: Hilda Palafox (México, 1982); Febre como metáfora para reconhecer limites e aceitar pausas. A insegurança como parte inevitável do processo criativo. A diferença entre viver no imediatismo e planejar com estratégia. A âncora: o que acontece quando está no olhar do outro, e o que muda quando está em si. Organização como resistência ao caos: cronogramas, prazos e cuidados.

💌 Uma carta para quem já ficou doente de tanto fazer.Para quem sente que falha quando precisa parar.Para quem busca se ancorar em si, sem depender do aplauso.

Uma carta sobre o corpo como bússola, o trabalho como sobrevivência e a pausa como vitória.

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📨 Carta completa: https://seorganizaartista.substack.com/p/soa_046-febre

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📚 Estudar é preciso – referências e links da carta:

Quando Shakira, a do Velho Testamento, desbravou o Brasil (Revista Piauí)

Tom Zé fala de como transformou medo em criação.

O filme Manas estreia hoje (21/08) nos cinemas em Portugal.

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#SOA_045 | praticidades - não tão práticas assim: ibermúsicas, resultados DGArtes e CPLP Audiovisual - costurando com editais, mas criando... o que mesmo?

Queride artista, a carta-ensaio desta semana é um mergulho nas pontes e nas armadilhas entre a prática artística e os processos burocráticos que sustentam (ou atrapalham) nosso trabalho.

Entre prazos, plataformas, regulamentos e decisões pessoais, falamos sobre três universos que se cruzam: os resultados da DGArtes 2025, o ciclo do Ibermúsicas e o concorrido CPLP Audiovisual. Mas o fio condutor é outro: como transformar editais soltos em parte de um plano maior para sua carreira?

Tem alertas sobre contratos, dicas para aproveitar avaliações, bastidores de reuniões e aquela chamada para você se organizar sem esperar o “momento certo”.

💡 Destaques do episódio: Resultados da DGArtes: atrasos, aprendizados e o que já começar a preparar para o próximo ciclo; Ibermúsicas: 14 linhas, cooperação em rede e a importância de estar presente nas sessões informativas; CPLP Audiovisual: alto alcance, verba curta e estratégia para coproduções; A diferença entre ter um projeto e ter um plano; Oficina Estado Bruto: nova turma à vista

💌 Uma carta para quem se perde entre o fazer artístico e o preencher de formulários.Para quem já percebeu que edital não é fim, é ferramenta.Para quem quer ampliar fronteiras e ainda manter raízes.

Uma carta sobre o trabalho como oxigênio e o desejo de celebrar a vida em coletivo.Se você também sente que a comida muda de gosto dependendo de quem está na mesa, essa carta é pra você.

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📨 Carta completa: https://seorganizaartista.substack.com/p/soa_045-praticidades

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📚 Estudar é preciso – referências e links da carta:

- [Resultados DGArtes 2025 - Programa de Apoios 2024]

- Ibermúsicas

- Programa CPLP Audiovisual 2025 | DOCTV & FICTV

- Dados sobre música

– Oficina Estado Bruto: [Lista de espera da turma 02]

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#SOA_044 | olho fechado pra ver melhortô dividindo pra poder sobrar: como celebrar as suas vitórias quando a arquibancada está vazia? quando o sentimento de abandono desfoca as suas ou nossas conquistas

Queride artista, a carta-ensaio desta semana é sobre um tema delicado e potente: como celebrar nossas vitórias quando não há arquibancada?Assinar um contrato sozinha. Cozinhar só para si. Chorar com uma taça de vinho na mão. Sentir alegria e tristeza ao mesmo tempo.

O que parece pequeno vira abismo quando estamos sós.Mas e se a gente reorganiza o chão? Se preparamos travesseiro, coberta, papel e caneta para as quedas previsíveis?Afinal, também é arte celebrar com dignidade o nosso próprio caminho.

Essa carta celebra a conquista do Se Organiza, Artista! no Edital Simplificado da DGArtes, mas transborda para um território mais íntimo: a solidão do estereótipo da mulher forte, a saudade do coletivo e o desejo de uma festa onde caibam todas as suas versões.

💡 Destaques do episódio:– A metáfora do gol sem torcida– Trauma, carreira e a farsa da meritocracia emocional– A vitória da carta e o medo de ser feliz sozinha– Ryane Leão, contratos, cachoeiras e festas de aniversário vazias– Água mole, pedra dura e os musgos pontiagudos do caminho

💌 Uma carta para quem assina contratos chorando.Para quem deseja comemorar em voz alta.Para quem está cansada de resistir só.

Uma carta sobre o trabalho como oxigênio e o desejo de celebrar a vida em coletivo.Se você também sente que a comida muda de gosto dependendo de quem está na mesa, essa carta é pra você.

🔗 Links importantes:📨 Carta completa: https://seorganizaartista.substack.com/p/soa_044-olho-fechado-pra-ver-melhor

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📚 Estudar é preciso – referências e links da carta:– SOA: RAAML 2025 | Material de apoio – Podcast da 451Mhz com Ryane Leão e Daniela Arrais– Livro: tudo sobre o amor, bell hooks– Carta #SOA_032 | outra vez, o nosso cantar– Poesia da Ryane no Instagram: @ondejazzmeucoracao– Oficina Estado Bruto: travessia e coletivo – [Lista de espera da turma 02]– Música citada: Tô | Tom Zé e Moska no Zoombido | Canal Brasil

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#SOA_043 | nuances da solidão: poesia, IA e o medo de virar máquina.

Queride artista, a carta-ensaio desta semana mergulha nos ruídos entre a inteligência artificial e a inteligência emocional — e nos desafetos da humanidade em tempos de tanta automação. Entre ultrassonografias e dicionários analógicos, entre ChatGPTs e receitas de banana com aveia, tentamos responder:O que nos faz humanos?E mais: o que é fazer arte no meio do caos algorítmico?

Uma carta sobre solidão, palavras, memória, medo e ritmo, com tum tum tum de coração de feto e um turu turu de Sandy & Junior ecoando no fundo da cabeça.

💡 Destaques do episódio:– Gregório Duvivier e o “céu da língua”– IA, receitas e a solidão de produzir conteúdo sozinha– Dicionários como resistência e água de artista– Palavras que valem mais do que adjetivos bonitos nos projetos

💌 Uma carta para quem escreve, edita, cria, chora e sente falta de um corpo ressonante ao lado. Fazer arte, afinal, é um jeito de continuar sendo humana?E essa newsletter, um jeito de driblar a solidão.<3

#SOA_043: https://seorganizaartista.substack.com/p/soa_043-nuances-da-solidao

📝 Newsletters completas: seorganizaartista.substack.com📚 Chamadas e editais úteis: bento.me/seorganizaartista📷 Instagram: @seorganizaartista

📚 Estudar é preciso, referências da carta:

Livro: Dicionário analógico da língua portuguesa – Ideais Afins / Thesaurus

Livro - Afrodite Contos, Receitas e Outros Afrodisiacos, Isabel Allende

Ler, ouvir, dançar, roçar língua com língua: Língua, Caetano Veloso <3

Ler: Noemi Jaffe no "Jogo da Velha 19: coroca, verruga e coitado do Batman"

Livro - Afrodite Contos, Receitas e Outros Afrodisiacos, Isabel Allende

Sandy e Junior - “Quando você passa - (Turu turu)

FFF - Friends, Family and Fools

Gregório Duvivier: investigar palavras - Podcast da semana

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#SOA_042 | o que deixar para depois?

Queride artista, a carta-ensaio desta semana mergulha naquilo que os apps de produtividade não te contam: o tempo não espera e o afeto adiado cobra caro. Falamos sobre culpa, listas acumuladas, prioridades emocionais e a sensação de que a arte — e a vida — só acontecem quando a água já bateu na bunda.

Com leveza e dor, organizamos juntos o caos da mente criativa que vive se cobrando por não dar conta — e propomos: uma lista dos afetos antes da lista de tarefas.

💡 Destaques do episódio:

– A procrastinação afetiva e o que ela revela– Cartas não enviadas, áudios não ouvidos e o peso do não dito– O susto como redirecionador de rota criativa– A urgência do luto e da presença no fazer artístico– Quando organizar não é controlar, mas cuidar

💌 Uma carta sobre tempo, arte e afeto.Para quem vive tentando dar conta, mas sente que está sempre atrasado para a própria vida.

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📚 Estudar é preciso:Dica semanal de leitura, escuta e ferramentas para artistas:

– Método Pomodoro explicado de forma prática + app Focus To-Do– video da Jessika Rocha: “Como se organizar no Focus To Do (meu sistema)”– Livro: O poder do hábito, de Charles Duhigg (sim, aquele best seller que eu achava que odiava e acabei amando)

💌 Afeto em Ação:Ouça o áudio inacabado de um amigo na velocidade normal.Sem pressa. Só escute.

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