Marcia Cunha é aquele (raro) tipo de pessoa com escuta ativa. E seu interesse em entender o outro foi a base da criação da Plenapausa, uma das primeiras femtechs do Brasil.
A economista com MBA em negócios interrompeu uma sólida carreira de quase 20 anos no mercado corporativo para se dedicar à psicanálise. Na clínica, percebeu que boa parte da agonia de suas pacientes tinha um motivo em comum: menopausa, uma etapa da vida da mulher que deveria ser encarada de forma tão natural quanto a menarca, mas que fica relegada à prateleira dos assuntos evitados. "Justamente por ouvir aquelas mulheres, tive o estalo: 'elas estão dizendo algo que minha mãe viveu há quase 30 anos, nada mudou. Não vou viver o que ela viveu."
Mas a amostra de relatos, julgou Marcia, ainda era pequena. Uma pesquisa com mais cem mulheres para aprofundar a temática culminou na startup Plenapausa, lançada, acredite você, sem obrigação imediata de vendas. Foram 3 meses com o site no ar e uma nova pesquisa, que coletou mil respostas, para que o primeiro produto fosse lançado.
Mergulhe neste vale para criar um novo olhar sobre negócio com propósito, no qual a geração de receita é uma consequência de uma entrega valiosa e genuína, e nas oportunidades de um mercado que, por trás do véu do tabu, atinge metade da população do planeta.
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Criado pelas jornalistas Adriele Marchesini e Silvia Paladino, cofundadoras da agência essense, o Vale do Suplício conta a história de empreendedores que falam pouco, mas fazem muito.
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