O que você usa para direcionar sua vida: um relógio ou uma bússola? Parece uma pergunta estranha, mas usar um relógio, um instrumento que conta o tempo, mostra que a sua vida está a cada segundo mais próxima do fim de um dia, de uma semana, de um mês, ao contrário de usar uma bússola, um instrumento que indica a direção e guia a sua vida na direção do que é importante em um movimento natural.

O Natal é o que chamamos de fraternidade, um momento único nos 365 dias do ano, em que deixamos de lado nosso frenético e eloquente jeito de ser devido aos problemas e dificuldades que enfrentamos diariamente.

Para nos transformarmos numa pessoa mais amiga, alegre, generosa e acima de tudo humilde. Mas porque somente no Natal a maioria das pessoas tem a iniciativa de manifestar o amor, a compaixão e a fraternidade com os demais?

O futuro possui diversas faces e fases em nossas vidas. Quando criança sonhamos com ideais de um mundo com pôneis cor de rosa e arco-íris, um céu tão cheio de estrelas durante a noite ao ponto de no verão conseguirmos pegá-las através do voo dos vaga-lumes, descobrir e explorar o mundo ao nosso redor como o Indiana Jones. Em uma constante alegria, compartilhada com os amigos na rua ou no colégio com as diversas brincadeiras da nossa infância.

Vivemos numa divergência entre o tempo de Cronos e o tempo de kairós. Que combinado com o avanço da tecnologia provocou uma supervalorização do imediatismo gerando um descompasso entre esses dois tempos. Trazendo às pessoas dilemas e conflitos internos levando-as, falsamente, a pensarem que são incapazes e incompetentes.

Como devemos viver está muito mais conectado à como você se relaciona com você e os outros, do que em quantas coisas que você tem ou quantos seguidores ou famoso você é.

Existe uma frase que diz que “A ignorância é uma benção”, já que por desconhecer não é necessário resolver ou sofrer pelo que se sabe, vivendo uma vida mais fácil, por nada precisar fazer, já que para um novo saber exigem novas responsabilidades e ações a serem realizadas.

Muitas matérias sobre relacionamento em revistas, jornais e sites destacam as diferenças entre o casal, fazendo parecer que há uma batalha dentro da relação.

Mas o que de fato acontece nos relacionamentos? Como transformá-los em algo construtivo? E não estou falo de relacionamentos de sucesso onde tudo é perfeito, já que esses não existem.

Nós não nascemos doentes, mas estamos permitindo-nos ficar doentes o resto da vida. A vida que estamos levando, num ritmo acelerado, com constante pressão e estresse, não nos deixa com muitas opções de escolha.

Porém quando temos a oportunidade e o poder da escolha, sempre optamos para deixar para depois, “Depois eu faço uma corrida”, “Depois eu vou para a academia” em uma constante vida de postergações.

As religiões ocidentais, em sua grande maioria, tem como uma de suas estruturas de controle e funcionamento, a premissa de que o resultado das nossas ações e comportamentos, serão julgados por algo ou alguém superior, que por sua vez, definirá se iremos viver a vida eterna em um lugar considerado um paraíso ou em condenação pelos nossos erros, heresia, transgressão, falhas e pecados.

Quantas coisas em sua vida você faz para provar que você consegue, merece e é capaz. Mas a questão é que na maioria das situações a pessoa não faz por si, mas para provar para as outras pessoas ou como se fala popularmente “esfregar na cara”.