Em outubro de 2018, sete jovens negros presos denunciaram à Justiça que haviam sido espancados com pedaços de madeira, disparos com bala de borracha e chicotadas com fios elétricos inclusive dentro de uma suposta “sala vermelha” na 1ª Divisão de Exército, na Vila Militar, na Zona Oeste do Rio. Mais de um ano depois, laudos elaborados por peritos do Instituto Médico Legal, a pedido da Defensoria Pública do Rio, comprovaram que os relatos de torturas eram verdadeiros. Por conta disso, na justiça estadual, todos foram absolvidos. Porém, chegaram a ficar mais de 500 dias presos por decisão da Justiça Militar, onde ainda respondem a processo. E quanto à responsabilização pela prática de tortura, as chances são remotas. Esse episódio conta com a participação do defensor público federal, Thales Arcoverde e da defensora pública do NUDEDH, Carla Viana, bem como a reprodução dos depoimentos reais das vítimas.