As Cunhãs

Neste episódio especial d'As Cunhãs, entrevistamos Fernanda da Escóssia, que é jornalista, professora universitária e pesquisadora, autora de "Invisíveis: uma etnografia sobre brasileiros sem documento" (Editora FGV, 2021).  

Fernanda é doutora em História, Política e Bens Culturais pelo Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil, da Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro, e mestra em Comunicação pela UFRJ, e também é editora na revista piauí, publicação impressa e digital voltada para jornalismo narrativo e investigações em profundidade. Como jornalista, tem 25 anos de experiência em meios digitais, audiovisuais e impressos. 

A conversa foi sobre o seu livro, que acabou virando o tema da redação do Enem 2021, que abordou a falta de acesso de uma grande parcela da população brasileira a um direito básico, que é o direito a ter documentos. 

Mais pro final do episódio, Inês Aparecida, Kamila Fernandes e Hébely Rebouças ainda deram uma geral nos acontecimentos políticos nacionais mais recentes, incluindo Bolsonaro, Lula, Ciro e Moro. 

Neste episódio temos uma missão bem importante: trazer à tona detalhes do funcionamento da Câmara Federal e conhecer minimamente as figuras que estão lá, nos representando, os deputados federais. Essa é uma missão não só importante, como urgente, porque as eleições se aproximam e precisamos colocar na cabeça de uma vez por todas que é fundamental escolhermos bem quem nos representa e acompanhar de perto o que estão fazendo. Só assim para realmente sairmos do buraco em que nos metemos.

Para explicar os meandros do funcionamento da Câmara, contamos com a participação mais do que especial da jornalista e ex-assessora parlamentar Elza Ferreira. Também contamos com explicações valiosíssimas do também jornalista Carlos Mazza (@CCMazza), do jornal O Povo (e um dos integrantes do podcast Jogo Político - @jogopolitico). 

Enquanto o mundo se acaba em Brasília, no Ceará o foco é nas eleições estaduais de 2022. Neste episódio 76, falamos sobre as articulações políticas no Ceará, em meio a tudo o que está acontecendo no cenário nacional: como estão as negociações entre os governistas para discutir a sucessão do governador Camilo Santana? Como está o PDT, após a turbulenta votação da PEC dos Precatórios e com a suspensão da suspensão da candidatura de Ciro Gomes à Presidência? Como andam os opositores de Camilo após a filiação de Sérgio Moro ao Podemos (partido do senador Eduardo Girão) e com a possibilidade de Bolsonaro ir para o PL de Acilon Gonçalves (se é que vai mesmo)? É muita conversa pra gente atualizar.

O orçamento brasileiro é gigantesco e não é de hoje que há muita gente de olho, tentando (e conseguindo) arrancar umas lasquinhas dele para enriquecimento ilícito. Neste momento, mais uma vez, vemos o orçamento ser atacado frontalmente com fins político-eleitorais (e muito provavelmente para encher bem os bolsos de certas pessoas). Com a desculpa de ampliar os recursos para viabilizar o pagamento de um benefício social, o governo Bolsonaro alimenta aliados por meio das chamadas emendas de relator, que na prática formam um orçamento secreto bilionário, que não deixa rastros da origem dos interessados no investimento desses recursos. Este é um tema muito importante e que muitas vezes é mal compreendido, por ser bastante técnico. Para tirar até mesmo as nossas próprias dúvidas, decidimos fazer este episódio para desvendar a PEC dos Precatórios, o furo no teto de gastos e o orçamento secreto. Para isso, contamos com a ajuda da jornalista Ana Cristina Cavalcante (@anacriscav) e da doutora em direito, professora da UFC e coordenadora do grupo Ágora, Raquel Machado.

Aproveitamos para falar do papelão do PDT, que ajudou a aprovar a PEC dos Precatórios e fez Ciro Gomes suspender temporariamente sua pré-candidatura à Presidência. Foram 15 deputados do PDT que votaram pela aprovação da PEC, incluindo 4 deputados do Ceará - apenas um deputado cearense votou contra a medida. Lembrando que Ciro condicionou a manutenção de sua candidatura a uma mudança de postura dos pedetistas no segundo turno da votação da PEC, que deve acontecer nesta terça-feira (09), na Câmara. Vamos acompanhar.

No "Diz, Cunhã", deixamos nosso lamento pela morte da cantora e compositora Marília Mendonça, uma perda dolorida demais.

Poderia ser conversa de um passado distante, mas não é: a fome voltou a se impor como uma grave realidade para milhões de brasileiros, que muitas vezes precisam se espremer sobre caminhões de lixo para garantir uma refeição em casa, nem que seja com restos descartados por supermercados. Para piorar, o governo Bolsonaro extinguiu o programa Bolsa Família, sem apresentar em seu lugar um projeto de longo prazo para dar conta desse imenso desafio perpetuado pela estrutura racista e desigual da sociedade brasileira. Neste episódio, buscamos refletir sobre este imenso problema, piorado pela alta da inflação, pelo desmonte de políticas públicas e pelo pós-Covid, que piorou tudo. O que fazer?

Para contemplar tantos fatores, ouvimos especialistas e políticos - os deputados estaduais Acrísio Sena (PT) e Renato Roseno (PSol).

O Diz, Cunhã também está recheado de bons desabafos, já que tivemos o Bolsocoiso nos fazendo passar vergonha e raiva durante sua passagem no G20, em Roma, no final de semana passado.

Decidimos fazer um episódio sobre "otras cositas más" para falar do boom dos podcasts no Brasil, essa mídia que amamos e que permitiram o surgimento de tantos trabalhos maravilhosos, como o Chá com Rapadura (@chacomrapadura), o Budejo (@budejopodcast), O Hebreu, o Indo e Voltando (@indovoltandopod), o Hoje Tem (@LeilaGermano)... e As Cunhãs. Já são quase 20 anos de existência desse tipo de mídia, mas nesses últimos anos a proliferação de novas produções está se expandindo de maneira acelerada, alcançando cerca de 34 milhões de ouvintes em todo o país, segundo pesquisa da AbPod (Associação Brasileira de Podcasts, https://abpod.org/). Esse crescimento é, por outro lado, envolto a desafios e a obstáculos, com financiamento insuficiente e ainda muito concentrado na região Sudeste. Tivemos alguns convidados especiais para nos ajudar a entender todo este fenômeno dos podcasts, para o bem e para o mal. Começando pelo Luan Alencar (@luan_alencar), do Budejo, e passando por Mauro Costa (@MauroCostaPlane), da empresa de comunicação AD2M, Chico Neto (@chiconeto), professor da Universidade Federal do Ceará, e Aldenora Cavalcante (@aldecavalcante), do podcast Malamanhadas (@malamanhadas) e uma das diretoras da Rede Nordestina de Podcasts (RNP), recém criada. Em grande medida celebramos os podcasts, mas também lançamos um olhar bastante crítico ao cenário brasileiro, concentrado nas mãos dos grandes conglomerados, o que limita a independência e a sustentabilidade de pequenas iniciativas. 

Neste episódio, falamos de um dos maiores dilemas da política brasileira na atualidade: a tão falada terceira via. Afinal, quem poderá ocupar este espaço que promete reduzir as chances de um embate direto entre Lula e Bolsonaro na disputa presidencial? Será que algum dos que se apresentam como possível terceira via terão fôlego (e recursos) para se tornar realmente competitivo? Seria Ciro Gomes um possível nome para ocupar este espaço?

Para decifrar este verdadeiro mistério, fomos falar com especialistas: primeiro com Vladimir Feijó, do IBMEC de Minas Gerais, professor de Direito Constitucional,  de Direito Eleitoral e Direito Internacional da Faculdade Arnaldo Jansen, mestre em Direito Público pela Universidade Federal de Minas Gerais e Doutorando em Direito Internacional pela PUC de Minas; depois com a Monalisa Soares (@monalisa_soares), que é docente do Departamento de Ciências Sociais, do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Ceará (UFC) e do Mestrado Profissional de Sociologia em Rede Nacional, além de Coordenadora do Curso de Ciências Sociais da UFC e integrante do Laboratório de Estudos sobre Política, Eleições e Mídia (LEPEM); e por fim com o cientista político Thiago Sampaio, professor da Universidade Federal do Pampa (Unipampa). Pense numa conversa boa!

Neste episódio 71 retomamos nossa saga de biografias sonoras não autorizadas e o escolhido da vez é o ex-deputado estadual, ex-prefeito, ex-governador, ex-ministro da educação e hoje senador Cid Gomes. 

Cid Ferreira Gomes pra muita gente é apenas um dos irmãos do eterno presidenciável Ciro Gomes, mas neste episódio a gente mostra que ele é bem mais do que isso. Aos 58 anos, Cid ocupa uma das vagas reservadas ao Ceará no Senado, depois de uma longa carreira política, que começou na Assembleia Legislativa do Ceará, depois passou pela Prefeitura de Sobral, onde ele nasceu, seguindo para o Governo do Ceará em dois mandatos e até uma passagem relâmpago pelo Ministério da Educação, no segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff.

Só pelo currículo já dá pra notar o quanto Cid se tornou uma figura muito importante na política não apenas do Ceará, mas do Brasil. Por isso, decidimos fazer um episódio para desvendá-lo, retomando alguns de seus feitos, nessa biografia não autorizada que adoramos fazer.

Pra quem tá chegando agora no podcast: já tentamos decifrar o irmão do Cid, Ciro Gomes, no episódio 51; já desvendamos o governador do Ceará, Camilo Santana, no episódio 54, e por fim desvendamos o senador Eduardo Girão, o famoso Giroquina, no episódio 60.

A conversa deste episódio 70 trata simplesmente de um dos maiores desafios da política brasileira, que é essa mistura crescente entre religião e política. Para isso, tivemos a companhia de dois colegas podcasters, o Lidomar Nepomuceno e a Lia Girão, responsáveis por um dos projetos mais interessantes da podosfera cearense, o podcast O Hebreu, que trata de questões relacionadas a religiosidades e espiritualidades (e, como não poderia deixar de ser, um bocadão sobre política também). 

Para conhecer melhor nossos convidados: a Lia Girão (no Instagram @liakarine) é cearense, de Fortaleza, formada em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Ceará, mestranda em Sociologia e evangélica. Já o Lidomar Nepomuceno (@doma_nepomwceno no Insta tb) também é cearense de Chorozinho, mas está radicado em Brasília, é antropólogo, católico, negro e gay. 

O interesse por entender melhor os fenômenos relacionados às religiosidades os uniu e desde 2020 eles têm o podcast O Hebreu (@ohebreu), que aborda temas interessantíssimos, como a relação do Cristianismo com os direitos humanos, a teologia queer, fundamentalismos, preconceito religioso... O papo tá imperdível demais.