Aquele em que os odiados, em sintonia com o final de semana de coronamanifestações conservadoras e obtusas (desprovidas de inteligência - 15/03/20), proseiam sobre movimentos socias. Indo do clássico movimento operário do século XIX aos movimentos contemporâneos agrário, gênero, antiglobalização, etnia e congêneres, Bruno, Cássio e Osvaldo debatem sobre consciência de classe, transformação, coletivos literários, lugar de fala, individualidade, literatura marginal, representação, ideologia e cenário político atual, tateando autores como Hanna Arendt, Axel Honneth, Maria da Glória Gohn, Ilse Scherer-Warren, Lillian Schwartz, Paulo Leminsk, Karl Marx, Alain Touraine, Peter Singer, dentre outros. Em diálogos eivados de reflexões sobre os fatos políticos atuais absolutamente patéticos, como uma secretária da cultura que despreza em seu discurso produção cultural do que é considerado ideologicamente minoria ou de um presidente que utiliza um comediante para falar com a impressa, só para citar algumas das inúmeras desventuras em série de um governo grosseiro/autoritário com o cidadão, os odiados mesclam nesse episódio reflexões teóricas, conceituais com a análises lúcidas da história do Brasil, passando pela abolição da escravatura, era Vargas, tropicália, “diretas já”, até fatos mais recentes como as manifestações de junho de 2013 e o avanço da ideologia de extrema-direita em solo nacional. Destarte, questionamentos como "reivindico, logo exsito?"; "escrevo, logo transformo/aglutino?"; se o estado brasileiro foi construído com o silenciamento dos movimentos sociais?; quanto pior, melhor ou pior?; levaram nossos queridos odiados a produzir um episódio equilibrado e incômodo. Quer conferir o resultado? Aperte o play e se enforque na corda da liberdade!