O tamanho de sua capacidade em lidar com os perrengues da vida, que não foram poucos durante sua trajetória, é do tamanho da sua doçura. Desta forma doce e amorosa, ela resiste e impacta com sua música que aborda temas como feminismo, racismo, LGBT fobia e legalização da maconha. Neste episódio você vai conhecer a trajetória de Ana Canãs, que estreou como cantora e compositora em 2007 e, de lá pra cá, já lançou cinco discos. Essa força para resistir, passar pelos obstáculos e ainda tentar mudar o mundo com a sua arte, ela herdou da mãe, imigrante espanhola e, principalmente da vó Adelaida, que também veio do mesmo país onde, aos 6 anos de idade, viu o pai ser executado em praça pública pelo regime franquista que comandava a Espanha na época. Ana saiu de casa aos 17 anos, trabalhou como entregadora de folhetos no farol, atendente de café e, um dia, ainda sem saber o tamanho de seu talento para a música, passou num teste para cantar jazz na noite de um hotel bacana em São Paulo. Foi lá onde tudo começou. Formou um público cativo, onde até Chico Buarque apareceu para vê-la cantar. O encontro com Nando Reis, o envolvimento com os movimentos sociais, a morte do pai, o álcool que chegou atrapalhar uma fase da carreira e muitas outras histórias, você vai conhecer neste episódio do Diversas.