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Por Valério Arcary
Como derrotar o fascismo?
Nestes primeiros dias de campanha, o fato político mais importante está sendo a disputa do espaço do bolsonarismo entre Pablo Marçal e Ricardo Nunes. Desde 2018 ficou claro que a capacidade de transferência de votos de Bolsonaro era imensa. Witzel venceu para governador em 2018 no Rio de Janeiro contra Paes, e Tarcísio de Freitas ocupou o lugar de Rodrigo Garcia em São Paulo em 2022. Mas a candidatura rebelde de Marçal, que não aceitou a ordem de comando de apoio a Nunes, criou uma nova situação. Ninguém sabe se Bolsonaro mantém autoridade sobre seu “movimento” ao ponto de centralizar a votação da extrema-direita em Nunes.
A questão central da situação na Venezuela foi e permanece sendo a apropriação da renda petroleira. A Venezuela tem as maiores reservas mundiais de petróleo e gás: é o seu privilégio e sua maldição. Os EUA querem acesso estratégico irrestrito, o que é incompatível com um Estado independente. O cerco imperialista do bloqueio é a explicação principal para a crise econômica de superinflação, desabastecimento, contração do PIB, desemprego e redução da produção de petróleo e migração em massa. Venezuela está sob boicote.
O atentado contra Trump foi uma tentativa de assassinato, que deixou um morto e duas outras pessoas, gravemente, feridas. Do pouco que já se sabe parece evidente que um atirador, do alto de um prédio de uma distância de cem metros errou a mira, ferindo Trump na orelha. Não faz sentido que fosse uma armação. Só faria “sentido” uma conspiração para forjar uma onda de solidariedade, se houvesse um mínimo de segurança que eliminasse o risco de morte. Isso era impossível. Evidentemente, o efeito “facada”, por referência ao ataque contra Bolsonaro no 7 de setembro de 2018, será muito forte. Só saberemos nas próximas semanas a dimensão do choque político-emocional do episódio.
A apresentação pela bancada evangélica, apoiada pelo bolsonarismo com a cumplicidade do Centrão, de um projeto que nivela a criminalização, até do aborto que é considerado legal após 22 semanas, ao homicídio, incendiou uma mobilização nacional de repúdio que foi capaz de realizar as maiores passeatas de 2024 nas grandes cidades. Foi espetacular. O movimento feminista revelou força social de impacto. Foi uma resposta contundente a uma provocação ultrarreacionária. Mostrou um caminho.
Em sua recente obra, “Os impasses da estratégia, os comunistas, o antifascismo e a
Nas próximas semanas o sindicato que representa os professores universitários do país, ANDES, vai realizar seu processo eleitoral. É uma entidade com quase 70 mil filiados com seções em todos os estados. Além do tamanho, o ANDES tem mais de 40 anos de história e sempre teve uma participação muito ativa nas lutas da classe trabalhadora. Por isso o pleito entre três chapas chama a atenção de todo o movimento sindical brasileiro. Nessa edição, falamos com Gustavo Seferian, que disputa a presidência pela Chapa 1 ANDES pela base: ousadia para sonhar, coragem para lutar.
O golpe de 2016 contra a presidente Dilma deixou uma herança maldita. A chamada Reforma do Ensino Médio começou com o golpista Michel Temer e passou pelo governo Bolsonaro. E agora está em sua primeira fase de implementação. A carga horária das matérias importantes foi reduzida e foram enfiandas goela abaixo matérias sem noção como "Projeto de Vida". O objetivo é piorar o ensino público e aumentar as desigualdades sociais. Mas os movimentos sociais vão se mobilizar para que o Novo Ensino Médio seja revogado. Saiba mais nessa edição do Eol podcast com o professor e deputado federal Tarcísio Motta (PSOL/RJ).
The podcast currently has 83 episodes available.