Você sabe o que é a doulagem? Pra que serve, como funciona? 

Doula é a pessoa profissional que oferece serviços de suporte emocional, físico e educacional pra gestantes. 

São referência na luta pela assistência à pessoa grávida, livre de violências e abusos - que infelizmente são bem presentes no universo ginecológico e obstétrico. 

Assim como a menstruação, a gestação, o parto, o planejamento reprodutivo-familiar, a doulagem também é abordada na nossa sociedade pelo viés normativo cis e hetero sexual, que desconsidera a vivência de populações LGBTI+ em temas que já são por si só sensíveis, e acaba dificultando ainda mais o acesso à saúde, serviços e cuidados.

Vamos conhecer esse trabalho e discutir sobre ações inclusivas neste meio?

Dhiego Monteiro, @dhi.doula, é doula e educador perinatal, co-fundador da roda de famílias LGBT+ do Rio de Janeiro, criador de conteúdo e ativista nas áreas de direitos sexuais e reprodutivos, direitos humanos e diversidade e inclusão. 

Você provavelmente vai se identificar com esse cenário:

Você conhece uma pessoa que menstrua e começa a conviver muito com ela. Passa 1, 2, 3 meses, os ciclos de vocês alteram um tanto aqui, outro lá e de repente estão menstruando juntas. 

Você já ouviu falar que quem convive muito, menstrua junto?

Não temos ainda comprovações científicas sobre essa sincronização mas independente, existe uma verdade:

Ciclos se encontram no ato de se relacionar! 

Por aqui acreditamos que o Ciclo Menstrual nos entrega inúmeras informações relevantes sobre nós, a dança hormonal impacta no nosso físico, emocional, mental e claro, tudo isso impacta nas nossas relações, podendo trazer desafios mas também muita beleza.

As relações afetivas-sexuais despertam e aprofundam ainda mais, até porque são as nossas relações mais íntimas!

Vamos conversar sobre relações, sexualidade e ciclos entre quem se ama, namora e menstrua?

Sofia Menegon é comunicadora, idealizadora da podcast Louva a Deusa, colunista na Cláudia e pesquisadora dos relacionamentos.

“Meu ciclo menstrual não é regular, eu estou com acne e engordando! Será que tenho SOP?”

SOP - a Síndrome dos ovários policísticos é um dos diagnósticos, se não o mais comum nas pessoas com útero, mas… o que de fato é essa síndrome? E será que são tantos casos assim?

A causa permanece muitas vezes incógnita, principalmente na adolescência que já é um período de muitas mudanças fisiológicas, mas é possível afirmar que se trata de um distúrbio endócrino-metabólico e com isso existe a necessidade de olhar e cuidar do organismo como um todo e não mais apenas dos ovários e do útero. 

As abordagens mais recentes também apontam a importância de profissionais multidisciplinares, pois fenômenos biológicos, psicológicos, sociais e ambientais estão vinculados. 

Vamos conversar sobre SOP e suas implicações?

Você é uma pessoa que sente muitas cólicas?

Por mais que a nossa sociedade tenha colocado as cólicas como algo normal, natural e tenhamos nos conformado com o  “é assim mesmo…” estamos aqui para te dizer que não é não!

Menstruar não é a mesma coisa de incômodo ou sofrimento! Então sim, já te adiantamos que é possível vivenciar um período menstrual livre de dores. 

Inúmeros são os fatores que podem estar causando as cólicas. Somos humanas sendo influenciadas por nossas questões internas e também pelo nosso contexto e lembre-se: o ciclo é reflexo!

Vamos conversar sobre ações básicas para evitar cólicas?

Absorvente, coletor, calcinha, disco menstrual..., investimento de grana, tempo, espaço, atenção na higiene, como lavar, secar, guardar, e as peripécias pra trocar fora de casa?

Quantas coisas a gente precisa levar em consideração na escolha e uso dos insumos menstruais, né?

Você já imaginou menstruar sem precisar usar nada disso? Soa muito fora da realidade? 

E se a gente disser que é possível? Que dá pra aprender a sentir, segurar e soltar o sangue menstrual? 

Como é experienciar a liberdade de fluir assim na prática?

Isa Graciano, @sabedoriamenstrual, é educadora menstrual e artista visual. Define seu trabalho como uma reintegração de posse de nossos próprios corpos, e que há 14 anos percebeu que o corpo tem a capacidade de segurar e soltar o fluxo menstrual de forma voluntária e controlada! O chamado Fluxo Instintivo Livre.

Mais do que nunca, esse ano parece ter elevado nosso nível de estresse e cansaço. E a quantidade de tarefas pra desenrolar, parece só aumentar.

No meio de tanta coisa pra cuidar, você já se perguntou se conhecer seu ciclo menstrual é para você? 

Já recebemos inúmeras convidadas que foram transformadas por esse conhecimento e levaram para as suas áreas de ginecologia, psicologia, nutrição…

Mas, e para quem trabalha com áreas diferentes a essas… Como o ciclo menstrual pode influenciar o autoconhecimento, o desbloqueio de traumas, impulsionar habilidades e talentos, contribuir na qualidade de vida íntima e profissional?

Nossa convidada é Tábata Gerbasi @projetosdatabata, mãe, designer, fascinada pela arte, entusiasta e experimentadora do "feito à mão. Atua como especialista no desenvolvimento de projetos de identidade visual para pessoas e empresas e pelas mãos dela que a nova identidade do Eu Menstruo veio ao mundo!

Para menstruar basta, em via de regra, ser uma pessoa com útero e ovários, e estar em idade reprodutiva.

Você já ouviu o termo "pessoas que menstruam"? 

Ele é frequentemente polemizado, porque enquanto a proposta é de inclusão, há quem defenda que isso gera o apagamento da categoria "mulher".

Nosso Podcast traz a menstruação - que vai muito além de fertilidade e sangue - com a compreensão de que este processo fisiológico envolve múltiplas vivências! e todas merecem acesso a saúde, educação, desenvolvimento de autonomia, autoestima e amor por si e pelo próprio corpo-instrumento. 

Pessoas menstruam e dentro disso temos vivências individuais, universais e de grupos. Com necessidades coletivas e outras específicas.

Vem com a gente ouvir algumas vivências?

Nosso convidado, o @alekiyohara é formado em publicidade e Propaganda pela PUC-SP, pós graduado em Diversidade, Inclusão e Sexualidade. Atualmente trabalha como Head da área de Diversidade e Inclusão na B3. Fez trabalho para marcas relacionadas a gênero, como Pantys, Boticário e outras.

Qual parte do seu corpo você está odiando atualmente?

O corpo todo? A barriga? As rugas? Os braços? O nariz?

A pergunta é forte, eu sei. Mas se você é mulher, com certeza já passou e passa por isso com alguma frequência.

Malhe pesado, faça tal procedimento estético, não faça nenhum, pinte o cabelo, assuma os brancos, alise, assuma os cachos, faça lipo, assuma as curvas, preencha os lábios…

E rolando o feed das redes sociais entre os extremos do que fazer para ter o corpo padrão e que empoderamento é amar seu corpo como ele é… como você se sente?

Como anda a relação com o seu corpo?

Você reconhece que essa relação também pode ser cíclica? 

@giocartapatti, pisciana convicta, festeira irrevogável, estrategista criativa em games na maior parte do tempo.

essas são notícias reais:

“Mulher descobre estar grávida após quase oito meses de gestação.”

“Mulher dá à luz 48 horas depois de descobrir que estava grávida.”

“Mulher descobre que está grávida momentos antes de dar à luz e viraliza nas redes sociais.”

Você se deparou com alguma dessas notícias nos últimos tempos? Como você se sentiu? Mais um medo desbloqueado com sucesso? 

As chamadas gravidezes silenciosas - são casos em que a gestação não é identificada antes do terceiro trimestre e muitos dos sinais comuns não aparecem, não são sentidos ou identificados. 

O que pode estar por trás disso? Haveria alguma forma de evitar essa situação?

Já te disseram que aplicativo menstrual pode ser uma cilada pra quem quer gestar ou evitar?

Com os avanços tecnológicos são inúmeras as ferramentas digitais. Seja pra registrar momentos, interagir com pessoas, conhecer crushes, trabalhar e estudar a distância, organizar a vida, fazer compras, monitorar a saúde e nesse último ponto… 

O Ciclo Menstrual não ficou de fora! E entre os aplicativos de saúde, os menstruais estão entre os mais populares em buscas e downloads! 

A gente sempre fala aqui da complexidade e beleza que acontece em nossos corpos, que nos dão sinais o tempo todo, e da importância de registrar nossas auto percepções pra conhecer o nosso funcionamento, saúde e também a nossa fertilidade… 

Qual será então o papel dos aplicativos menstruais? Até onde podemos ir com eles?