Neste artigo consideramos diferentes relações editoriais/auditorias que, na primeira metade do século XX, estiveram implicadas na gravação de certas oralidades, musicalidades e performances nas cantorias, bailes e danças dramáticas associadas à rabeca no Brasil. Analisaremos práticas de letramento da escuta que produziram as parametrizações musicais e semantizações literárias cujas (inte)legibilidades gráficas representavam o som de “rabequeiros analfabetos”, tais como: Vilemão Trindade (ouvido por Mário de Andrade), Fabião das Queimadas (ouvido por Câmara Cascudo) e José Gerôncio (ouvido por Luiz Heitor Corrêa de Azevedo).
Palavras-chave: som; rabeca; rabequeiro; escrita; escuta.
PADILHA, Caio. Willemen, Villemin, Vilemão: a escrita como corruptela da escuta de um rabequeiro analfabeto. Revista Teoria e Cultura. PPGCS/UFJF. v. 20, n. 1, p. 113-131. 2025.