De acordo com um estudo da OCDE, de 2023, 45% dos portugueses acreditavam não ser possível perder dinheiro ao investir em criptoativos e 57% diziam que o Estado os regula. Mas a verdade é que estes criptoativos são altamente especulativos, arriscados e só muito recentemente foram regulamentados, com a entrada em vigor do MiCa, o primeiro passo da União Europeia para regular o mercado dos criptoativos. Mas, apesar de pouco sabermos sobre este mundo, a popularidade das criptomoedas em Portugal é crescente. É mesmo assim? Seremos nós investidores imprudentes?
Moedas digitais, que funcionam através da tecnologia Blockchain, bases de dados descentralizadas que registam todas as transferências, permitindo assim funcionar sem intermediários, como a banca ou o Estado, as criptomoedas atingiram agora um novo marco histórico no mercado, com a popular bitcoin a ser transacionada a mais de 69 mil dólares. Altamente voláteis e imprevisíveis, os criptoativos tornam-se alvo de um debate necessário, num momento em que escala a segurança da proteção de dados dos cidadãos, com o fenómeno da Worldcoin, a venda de imagens da íris a troco de criptomoedas, e com as dúvidas que recaem sobre a sua regulamentação, legalidade e fiscalidade, além dos riscos inerentes à cibersegurança deste mercado: o universo do ouro digital que tantos mitos encerra.
Neste episódio do POD Pensar, o podcast com ideias para consumir da DECO PROteste, Aurélio Gomes reflete sobre estas questões com os seus convidados: Nuno Lima Luz, advogado e presidente da Associação Portuguesa de Blockchain e Criptomoedas; Hugo Volz Oliveira, secretário do Instituto New Economy; e Tiago Martins, economista e analista financeiro da DECO PROTeste.