Nesta live, o professor Ronald Carvalho trata de um dos temas mais  discutidos na história da filosofia: o dilema “destino versus  livre-arbítrio”. Para tanto, partindo da filosofia estóica de Cícero;  argumentando contra a noção sem grandeza e infantil de liberdade que a  nossa cultura incutiu em nossa cabeça; e transitando por trechos da  Divina Comédia e da Carta de Paulo aos Coríntios, nos fala de forma  assertiva que ser livre é obedecer aos princípios e valores que  verdadeiramente humanizam o homem, sendo a verdadeira liberdade,  portanto, o resultado de uma árdua conquista de ordem interior e de  sabedoria.

Nesta live, o professor Ronald Carvalho, partindo do rebaixamento da  ideia de êxito existencial como o traço mais característico de nossa  cultura, nos fala sobre como nos tornamos “burros atrás de cenouras” ao  acreditarmos que temos total controle de nossa própria vida. Para tanto,  em diálogo com as filosofias estóica e epicurista, e com a psicoterapia  de C. G. Jung, recorre ao conceito taoísta da “ação pela não-ação” e  nos provoca a pensar se não estaria na hora de buscarmos, através da  pouca liberdade de ação que dispomos dentro de nossa própria vida, a  “ataraxia” ou a “imperturbabilidade da alma”, ao invés de ficarmos só  correndo atrás das “cenouras” do sucesso profissional, da prosperidade  econômica e do prestígio social.

Nesta live, o professor Ronald Carvalho, tomando em perspectiva a agonia  de Jesus no Jardim do Jetsêmani, nos chama a perceber que Ele, pela sua  dupla natureza divina-hominal, já estava crucificado antes mesmo de seu  dramático e doloroso calvário. Indo a fundo nesta questão, e analisando  filosoficamente o símbolo da cruz e a ressurreição de Cristo, afirma  então que a existência humana é a própria crucificação, podendo o homem,  face a isso, apenas decidir tornar-se ou não uma “cruz viva”, isto é,  um ser renascido na dor do esforço de ser mais vertical que horizontal,  mais consciente que inconsciente, mais espiritual que material.

Nesta live, o professor Ronald Carvalho, partindo do conceito de  consciência desenvolvido pelos filósofos Husserl, Hegel, Sartre e  Heidegger, relaciona o fenômeno da autoconsciência com uma das mais  impressionantes narrativas histórico-mitológicas registradas no Velho  Testamento: a saga heróica de Moisés, que conduziu o povo judeu pelo  deserto rumo à Terra Santa. Com este intuito, nos fala então do oculto  significado da afirmação “Eu Sou” – da qual compartilham misteriosamente  Deus e homem – e das dramáticas implicações existenciais que esta  tomada de consciência produz na vida humana.

Nesta live, o professor Ronald Carvalho analisa filosoficamente a  decadência de nossa civilização a a partir de sua arquetipologia  fundamental, isto é, a partir dos motores ocultos que regem os seus  ciclos históricos e as principais transformações de sua mentalidade.  Para tanto, narra em termos puramente simbólicos a história do Ocidente,  teatralizando-a por meio de quatro atos cênicos. São eles: a “descida”  do arquétipo da individuação da consciência, espécie de encarnação do  mito do herói numa forma mental coletiva; sua captação e canalização  pelos poetas épicos, com a consequente conformação linguística e  cultural de seu conteúdo; a transformação deste em discurso  lógico-racional empreendida pela filosofia; e o desencarne deste  arquétipo em nosso tempo, com as suas dramáticas repercussões  psicológicas e culturais.

Nesta live, o professor Ronald Carvalho, recorrendo a uma passagem do  Livro Budista dos Preceitos de Ouro, analisa o trajeto existencial da  consciência humana nas “três salas” que a conduzem à plenitude, a saber,  as salas da ignorância, da instução e da sabedoria. Com este propósito,  nos fala então, ora aludindo ao Mito da Caverna de Platão, ora  mencionando trechos da epopéia hindu O Ramayana, que é preciso que não  nos contentemos com a escassez de espírito que a nossa cultura nos  proporciona, mas que, ao contrário, busquemos, mesmo em tempos sombrios  como os de agora, o máximo de sabedoria e iluminação que possamos  vislumbrar.

Nesta live, o professor Ronald Carvalho, partindo de uma análise  filosófica do conto O Visconde Partido ao Meio, do escritor italiano  Ítalo Calvino, trata do jogo de opostos da vida humana para nos chamar a  atenção quanto ao risco de nos tornarmos unilaterais em nossa forma de  enxergar o mundo. Para tanto, faz convergir simbolicamente, por meio de  uma interessante visão filosófica, o símbolo chinês do Tao, os  pensamentos filosóficos de Heráclito e Empédocles, e uma das mais  antigas e misteriosas iconografias da arte cristã: o Cristo Pantocrator.

Nesta live, o professor Ronald Carrvalho, partindo de uma belíssima passagem da Divina Comédia, nos fala sobre o quanto nossa existência é marcada pelo esquecimento dos elevados sentidos e valores da própria vida humana. Com este propósito, e servindo-se do simbolismo mitológico grego do rio Lete, da escatologia hindu do Bhagavata Purana, e dos pensamentos do psicólogo analítico C. G. Jung e e do historiador das religiões Mircea Eliade, situa-nos filosoficamente quanto aos três esquecimentos que acometem nossa consciência: o arquetípico, o histórico e o circunstancial. E conclui com uma interessante reflexão sobre a seguinte sentença do filósofo cristão Tomás de Aquino: “jamais esquecemos o que amamos de verdade”.

Nesta live, o professor Ronald Carvalho nos fala filosoficamente sobre “as três gunas”, que são as três qualidades da natureza da matéria ou de tudo que existe fenomenicamente, segundo o Hinduísmo. Para tanto, chama nossa atenção para o tridente de Shiva, o instrumento mitológico que o Deus hindu da Renovação usa para nos revelar a verdadeira natureza da realidade na qual nos encontramos condicionados existencialmente, mas também para nos ensinar a superar as ilusões desta realidade através da filosofia do Yoga.

Nesta live, o professor Ronald Carvalho interpreta filosoficamente um conto popular para nos falar que, quanto mais vazia é uma pessoa, mais ela tende a impor a sua opinião aos demais através de gritarias, intimidações retóricas, e discursos grosseiros e inflamados. Dentre outras análises, desenvolve um pensamento filosófico que nos chama a a perceber a principal diferença entre a compreensão e o julgamento: enquanto as “carroças cheias” estão sempre a ampliar imaginativamente o campo das experiências humanas possíveis, as “carroças vazias” estão sempre a reduzir este campo à escala de suas projeções e impressões subjetivas convenientes.