Nesta live, o professor Ronald Carvalho defende a ideia de que Deus é, antes de tudo, uma necessidade psicológica do homem, e como tal, um horizonte sem o qual a consciência humana não é capaz de justificar plenamente a sua existência. Primeiramente, nos explica como a psicanálise, o marxismo e o cientificismo o reduziram ao estatuto de coisa sem muita importância em nossa época, considerando-o até mesmo como uma hipótese desnecessária. Em seguida nos apresenta o famoso aforismo 125 de Gaia Ciência, trecho em que o filósofo Nietzsche nos apresenta a imagem de um louco que, com uma lamparina acesa em pleno dia, sai a gritar que “Deus está morto, e que fomos nós quem o matamos. Daí em diante, partindo de dois diagnósticos filosóficos – o primeiro feito por Alain Renaut, e o segundo pelo Papa Francisco –, retoma a pergunta fundamental da live e nos responde que sim, Deus é necessário em nossa vida, e que aquele que o ignora, corre o isco de tornar-se vítima da inflação de seu próprio ego. Por fim, relata-nos como Deus tornou-se uma realidade na vida de Eric Clapton, um dos maiores guitarristas da história do Rock, e como este acontecimento revela, conforme enuncia Jung em sua obra, que há um “padrão de Deus” dentro de cada homem, e que tal padrão é a maior energia transformadora que a vida é capaz de dispor a um indivíduo.