O surgimento das criptomoedas e do blockchain deram origem a um novo tipo de jogo que há alguns anos vem ocupando espaço no mercado e criando mão de obra precarizada, os chamados crypto games, jogos simples que precisam de comandos repetitivos e um investimento inicial para que seja possível ganhar dinheiro.
Um desses jogos mais famosos é Axie: Infinite, que recentemente foi alvo de um roubo de mais de US$600 milhões em criptomoedas e viu sua base de jogadores desaparecer. Outro fenômeno, são as scholarships, empresas, muitas vezes não regularizadas, onde um investidor paga para outras pessoas jogarem, fazendo o investimento inicial para se entrar no jogo e ficando com parte do lucro que os jogadores ganham.
Recentemente, diversas empresas de crypto games surgiram no Brasil e muitos desenvolvedores estão sendo abordados para entrar nesse mercado, com propostas de salários acima da média. Como esse fenômeno afeta a indústria de jogos brasileira? Para conversar sobre esse tema, recebemos novamente o jornalista Henrique Sampaio, que nos últimos meses vem investigando esse cenário e escreveu duas matérias sobre o tema:
Jogos em blockchain “play-to-earn” criam cenário propício para trabalho informal e precarizado
Criação de jogos NFT no Brasil gera atrito e preocupação entre desenvolvedores locais
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Participantes
Fernando Henrique
Anderson do Patrocínio
Rique Sampaio
Dicas culturais
A informação, de James Gleick
O Que É Isso, Companheiro? de Bruno Barreto
Bitcoin: a utopia tecnocrática do dinheiro apolítico, de Edemilson Paraná
Capitalismo de vigilância, de Shoshana Zuboff
Músicas:
Persona 5 – Beneath The Mask lofi chill remix
BIBI – The Weekend