Na conversa sobre “Ditadura Militar, Mulheres e Educação”, Lucia Rincon, professora da PUC-Goiás e doutora em Educação pela Unesp, relembra momentos históricos importantes da luta feminina pela democracia e igualdade de gênero, na educação e para além dela.

“O espaço democrático conquistado é decisivo para que a gente possa abordar a diversidade”, explica a professora, que conta a Milena Buarque, apresentadora do podcast, as dificuldades das universitárias e professoras, depois do golpe de 1964 e durante a ditadura militar.

Este episódio do SinproSP No Ar é o primeiro de março - e um dos muitos destaques do SinproSP para o Mês das Mulheres.

No primeiro episódio do ano do SinproSP No Ar, Celso Napolitano, presidente do Sindicato, dá um panorama geral sobre a agenda de 2024, que já começa com as Campanhas Salariais.

“Já houve a primeira assembleia, com enorme sucesso, do Sesi/Senai”, explicou Celso. “Também na Educação Básica e no Ensino Superior, queremos tocar em questões muito caras à categoria e que afloraram depois da pandemia, como a utilização exacerbada da tecnologia”.

Ele fala ainda sobre o planejamento do SinproSP para os próximos meses, lembra da reestreia da Escola de Professores e reforça as pautas e demandas da categoria para as negociações com o patronal, que terão início em março.

Vitória e convenções coletivas no Superior, visitas diárias às escolas de Educação Básica, diálogo permanente com docentes do Sistema S, lutas e garantia de direitos, campanhas, atendimentos, reformas na Colônia, cuidados com a voz e a saúde mental, combate à violência nas escolas, enfrentamento da violência contra as mulheres, relançamento da revista Giz, eventos literários e culturais, atos e manifestações nas ruas e a presença protagonista nos grandes debates nacionais… o ano foi intenso e agitado no Sindicato.

E o último episódio do ano do “SinproSP no Ar” traz justamente essas boas lembranças, na nossa “Retrospectiva 2023”.

E ano que vem tem mais. Porque o SinproSP quer estar sempre junto com você.

No último SinproSP No Ar de novembro, Milena Buarque conversa com Iberê Moreno, professor e diretor do Sindicato, sobre “O SinproSP na Conferência Nacional de Educação”. No episódio, ele dá detalhes sobre como funciona a CONAE, em seus diferentes momentos e etapas, e qual a importância de ter quem represente, nesse debate e construção, as professoras e professores do ensino privado de São Paulo, tanto da educação básica quanto do superior.

“É muito bonito você conseguir olhar e falar ‘eu estou conseguindo representar o meu Sindicato, num espaço real de impacto da educação'. [...] Poucos sindicatos conseguem ter este respaldo interno”, explica o professor Iberê Moreno. “Estamos fazendo política. Não é uma coisa fácil e simples. Política não é ganhar sempre. Só de a gente estar participando, ser reconhecido, levar pontos que estão sendo aprovados, isso mostra o nosso envolvimento com o debate e o nosso desejo de aprofundar cada vez mais essa participação”.

No último SinproSP No Ar de novembro, Milena Buarque conversou com Lenny Blue, Cofundadora do Movimento Negro Unificado (MNU), 1ª Vice-Presidente da Comissão de Verdade e Memória da Escravidão Negra da OAB-SP, e membra do Instituto Advocacia Negra Brasileira (IANB), sobre “O 20 de novembro e as lutas antirracistas” dentro e fora da sala de aula.

“Ser antirracista é questionar por que você não tem presidente negro nos bancos, por que você só vê negros no caixa do supermercado ou limpando as coisas”, explica Lenny. “É desnaturalizar o racismo em pequenas coisas. E esse questionamento as crianças entendem muito bem”.

No primeiro SinproSP No Ar de novembro, Milena Buarque conversa com a professora Lidiane Christovam, diretora e tesoureira do SinproSP, sobre as “Contas do Sindicato e a Previsão Orçamentária”. As reflexões dão continuidade aos diálogos já em curso e à preparação para a assembleia que ocorrerá no final deste mesmo mês.

“Essa conversa com a categoria é sempre fundamental. Por isso é tão importante a participação dos professores e das professoras nessa assembleia de previsão orçamentária”, explica Lidiane. “Queremos pensar e construir, juntas e juntos, quais são os serviços e as prioridades de ações e de lutas para a nossa categoria”.

Conversa com Celso Napolitano.

No primeiro episódio de outubro o SinproSP No Ar discute “As mudanças no Novo Ensino Médio e os impactos na rede privada” com Sandra Caballero, diretora do SinproSP e professora do Ensino Médio; e Priscilla Borelli Garcia, professora na rede privada e pública e membro do LEF/USP.

“Quando virou 2021 para 2022, eu tive minha carga brutalmente reduzida, a ponto de realmente interferir no orçamento familiar”, explicou a professora Priscilla. “Hoje eu estou em três escolas para dar 18 aulas apenas”.

As docentes também apontaram o aumento da carga de trabalho por disciplina, já que muitas matérias do Ensino Médio foram fatiadas, sem diminuir a carga horária mas modificando a estrutura das aulas.

“O que a gente sente é uma extrema desvalorização da categoria, a gente não é ouvido”, conta a professora Sandra. Ela ainda é categórica quanto fala do novo Projeto de Lei. “Eu não acredito que vá ser resolvido. Porque é uma maquiagem. É complicado porque você teve uma troca de governo, só que não dá pra mexer sem passar pelo Congresso, que é conservador”.

Nesta segunda quinzena de setembro, o SinproSP no Ar abre espaço para uma fundamental conversa com a professora e psicóloga Renata Paparelli, que trata de aspectos do adoecimento mental docente e os caminhos para acolhimento e cuidados.

“Há um sofrimento muito intenso, porque você está falando de um trabalho que tem um característica de apaixonamento e que, em geral, antes de adoecerem, as pessoas amavam", explica a também doutora em Psicologia Social e do Trabalho.

Ao final da conversa, Renata fala sobre o projeto “Saúde Mental e Trabalho Docente”, que oferece atendimentos gratuitos para sindicalizadas e sindicalizados no mês de outubro. É uma parceria do SinproSP com o NAST (Núcleo de Ações em Saúde do Trabalhador), coordenado pela professora. Acesse o site do Sindicato e inscreva-se.

No primeiro SinproSP No Ar de setembro, a conversa é com a Fernanda Luiza Teixeira Lima, doutora em História pela Unicamp e membro do Grupo de Trabalho de Arqueologia Pública sobre o DOI-Codi/SP. Ela contou para professoras e professores o trabalho realizado nas “Escavações no DOI-Codi em São Paulo e as marcas da ditadura” que são resgatadas pelo trabalho de memória e sensibilidade.

A doutora também relatou momentos emblemáticos de contato com a comunidade e com visitantes no trabalho de arqueologia pública. “No nosso presente, a gente também tem tortura, tem chacina. E o que a gente faz como vizinhos?”.