Tempos atrás, na década de 1990, entre parte da classe média carioca era muito comum a generalização do nordestino como “Paraíba”. Nas escolas particulares do Rio, “Paraíba” era sinônimo de tudo que era atrasado, feio, brega, fora de moda ou burro. Felizmente, com o tempo, esse termo preconceituoso e grosseiro foi caindo em desuso desaparecendo da boca da juventude classe média privilegiada carioca. Entretanto, recentemente, o presidente Jair Bolsonaro, referindo-se ao governador do Maranhão Flávio Dino, utilizando a expressão “Paraíba” ressuscitou o termo. Mas, afinal, o que é ser nordestino? Porque nos referimos ao Nordeste de maneira tão generalizante? Podemos afirmar que o Nordeste é uma invenção? Quais interesses a invenção do Nordeste procurava e procura atender? Quais são as representações dos nordestinos ao longo da história?
Venha conosco entender que o Nordeste é muito mais do que seca, messianismo, cabra macho, coronel e cangaceiro!
Esse é o Sobre História número 39: Paraíbe-se!
Participantes:
Mariana Lins, Marina Sá, Karla Rodrigues, Licia Quinan e Armando Ferreira
Referências citadas no programa:
Livro de Durval Muniz de Albuquerque: "Invenção do Nordeste e outras artes"
Livro de Durval Muniz de Albuquerque: "Nordeste: uma invenção do falo"
Peça de teatro: "A Invenção do Nordeste" - grupo Carmim
Livro de Gilberto Freyre: "Casa Grande e Senzala"
Euclides da Cunha "Os Sertões"
Graciliano Ramos. "Vidas Secas"
João Cabral de Mello Neto " Morte e Vida Severina"
ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. Trad. Dora Flaksman. 2ª edição. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1981. p.279
FRABBONI, Franco. A Escola Infantil e a Ciência Pedagógica. 1998
BENJAMIN, WALTER, Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo-SP: Summus, 1984.
COSTA, Jurandir Freire. Ordem médica e norma familiar. Rio de Janeiro: Graal,1989. p.153-273
PINTO, Manuel; SARMENTO, Manuel Jacinto. (coord.) As crianças: contexto e identidades. Braga: Centro de Estudos da Criança - Universidade do Minho, 1997. p.25
PRIORE, Mary Del. História das crianças no Brasil. São Paulo: Contexto, 1999. p.60-130
SARMENTO, M.J. As culturas da infância nas encruzilhadas da 2ª modernidade. Braga: Instituto de Estudos da Criança, Universidade do Minho, 2003.
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/trabalho/17270-pnad-continua.html?=&t=o-que-e (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios)
https://www.ilo.org/brasilia/temas/trabalho-infantil/lang--pt/index.htm (Organização Internacional do Trabalho)
http://renastonline.ensp.fiocruz.br/recursos/boletim-epidemiologico-transtornos-mentais-relacionados-trabalho-brasil-2006-2017 (Sistema de Informação de Agravos de Notificação)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Programa_de_Erradica%C3%A7%C3%A3o_do_Trabalho_Infantil (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil - PETI)
https://youtu.be/Ab2ZFnqu4dg (A História da Infância)
https://youtu.be/Xa8v6DFdTvo (Na Íntegra - Clarice Cohn e Mary Del Priori)
Livro de Mary Del Priori: Ao Sul do Corpo
Coleção de Livros: História da Vida Privada
Coleção de Livros: História da Vida Privada no Brasil
Documentário Ônibus 174. 2002
Livro de Michel Foucault: Sociedade Disciplinar.
Livro de Ariano Suassuna: "Auto da Compadecida"
Livro de Ariano Suassuna: "Romance da Pedra do Reino e o Príncipe de Sangue do Vai-e-Volta"
Livro de José Lins do Rego: "Fogo Morto"
Livro de José Lins do Rego: "O Moleque Ricardo"
Livro de Jorge Amado: "Capitães de Areia"
Filmes: "Vidas Secas" direção Nelson Pereira dos Santos (1963), "Deus e o Diabo na Terra do Sol" direção Gláuber Rocha (1964), "O Auto da Compadecida" direção Guel Arraes (2000)e "Lisbela e o Prisioneiro" direção Guel Arraes (2003).