Quando se reduzem ou se apagam arte e cultura dos espaços midiáticos, os artistas seguem em resistência, seguem nos instigando! Como Angélica Freitas, um dos principais nomes das letras contemporâneas. Estreou com “Rilke Shake”, de 2007, mostrando uma linguagem ácida e bem humorada. Na sequência, veio o indispensável "Um útero é do tamanho de um punho", que foi alvo de parlamentares moralistas em Santa Catarina. Poesia também é para incomodar e muita gente que não a conhecia foi atrás do livro. Para quem acompanha a poeta, a ansiedade por "Canções de Atormentar" era grande. O título faz menção a uma performance de 2017, apresentada por ela e pela cantora, compositora e instrumentista Juliana Perdigão em São Paulo.