Os casais inférteis que sonham com um filho, lutam, há muito, contra as longas esperas do sistema público de saúde ou as facturas muito pesadas do sector privado.

O governo prometeu ajudar, facilitando o acesso às técnicas de reprodução medicamente assistida mas a concretização completa da promessa vai tardando.

A TSF registou a opinião de especialistas e foi conhecer algumas histórias feitas de paciência, coragem, tristeza mas também de alegria.

No dia em que este trabalho foi emitido pela primeira vez (2009-04-16), em Abril, o ministério da Saúde anunciou o aumento da comparticipação dos medicamentos utilizados para tratar a infertilidade.

Veja AQUI a videoreportagem sobre o tema.

Uma incubadora portuguesa de empresas de base tecnológica foi, recentemente, considerada a segunda melhor do mundo, durante uma conferência internacional organizada pelo “The Technopolicy Network”.
Instalado no Instituto Pedro Nunes em Coimbra, este “ninho” de sucessos foi distinguido porque as empresas que ali nasceram apresentaram uma taxa de sobrevivência superior a 80%, geraram lucros relevantes e criaram muitos postos de trabalho qualificado. A TSF foi saber o que está na base de casos notáveis como a Critical Software, a Crioestaminal ou a Active Space Technologies, empresas com BI português e clientes de peso em diferentes pontos do globo.
Know-How Português é uma grande reportagem de João Morais com sonoplastia de João Félix Pereira.

«Parecia uma perdiz, pequeno, todo encolhido, quase nu», recorda um dos homens do esquadrão 122 da Escola Prática de Cavalaria de Santarém. «Eram muito brancos, pareciam gelatinosos», lembra Pedro, então uma criança perdida entre o fogo da guerra.
O encontro, no norte de Angola, em Outubro de 1962, à beira do rio Luqueia, iria marcar a vida do menino e dos homens que o “adoptaram”. Os militares acolheram Pedro no quartel e quase o matavam com a generosa gastronomia da metrópole. Ensinaram-lhe português, partilharam jogos, criaram laços de afecto que o regresso a Lisboa não poderia cortar. Esta é a história de Pedro Luqueia de Santarém e dos homens que ainda se emocionam quando o reencontram.

Novos para a reforma mas “velhos” demais para conseguirem um emprego. É assim que muitos se sentem ou, dizem, é assim que os fazem sentir. Neste momento, um em cada quatro desempregados tem entre 50 e 60 anos. Só em Janeiro de 2009, 5 mil pessoas desta faixa etária inscreveram-se nos centros de emprego.

Alguns conseguem dar a volta, e agarram um desafio novo, utilizando, por exemplo, o micro-crédito. Muitos, com baixa escolaridade, sabendo que vão enfrentar portas fechadas, nem  sempre têm a força para “fazer agulha” e recomeçar. O quotidiano com os colegas da fábrica ou do escritório vai sendo substituido pelo acompanhamento mais próximo dos netos. Às vezes, uma pequena horta pode ajudar a passar o tempo e a compôr o cabaz da crise.

«As esmolas de guerra são para os coitadinhos» comenta um veterano do antigo Ultramar. «Fomos desprezados», lamenta-se outro. As vozes dos homens revelam mágoas e deixam entender as feridas profundas semeadas pelo conflito.
No regresso a casa, alguns afogaram os pesadelos em álcool, desfazendo famílias, sem rumo claro. O stress pós-traumático de guerra perseguiu muitos, minando projectos para uma vida tranquila. Mais de 30 anos depois do último tiro, os antigos combatentes em Angola, Guiné-Bissau e Moçambique dizem que não lhes foi feita justiça. A TSF reuniu testemunhos sobre o modo como a guerra os marcou e tentou perceber o que gostariam que tivesse sido diferente.

Com a criação da chamada Cidade Judiciária, em Lisboa, o velho tribunal da Boa-Hora foi confrontado com a pena capital.
Chegou a falar-se na transformação do edificio num hotel de charme.

Perante muitas pressões, o Governo acabou por decidir que a Boa-Hora devia continuar ao serviço da mulher que, de olhos vendados, segura uma espada e uma balança.

No início do ano, quando se somavam vozes de protesto de vários magistrados, a TSF escutou protagonistas e visitou os bastidores de um lugar onde se escreveram páginas importantes da história da justiça portuguesa.

Serranas ou beiroas, reboleiros, picadeiras, pequetes. Até nos nomes, os chocalhos são musicais. Antigamente, eram muito procurados para controlar o paradeiro do gado e exibir, nas feiras, o orgulho dos moirais e lavradores.
Nas Alcáçovas, no Alentejo, chegaram a existir 15 oficinas. Hoje, há apenas uma, que dedica cada vez mais atenção às peças decorativas. Mas no coração da vila, um museu especial guarda toda a memória que o mestre João Chibeles Penetra, 82 anos, conseguiu reunir. A TSF foi colher os saberes e fazeres de quem muito trabalhou o ferro, o barro e o fogo.
Vacas Gulosas e Porta-Chaves é uma reportagem de João Paulo Baltazar com montagem de João Félix Pereira.

Quando o frio aperta ou a chuva é mais forte, os sem-abrigo sentem ainda mais  o desconforto das ruas. No entanto, eles fazem do chão almofada 365 dias por ano e há quem os ajude a enfrentar a carência. A Câmara de Lisboa estima que existam na cidade cerca de 900 pessoas sem tecto mas o número será sempre provisório. No Inverno de 2008, a TSF passou uma semana com equipas de voluntários que lhes fornecem comida e roupa e visitou dois albergues. Confirmou que as roturas familiares, afogadas em álcool, continuam a ser dominantes mas escutou outras histórias de vida.

São boas para improvisar um almoço rápido ou para umas entradas num jantar mais demorado. As sardinhas enlatadas representam o principal produto da indústria conserveira portuguesa, um sector que, apesar da crise, registou um crescimento entre 2007 e o ano passado. Chegaram a ser 400 fábricas. Hoje são 15 mas produzem tanto ou mais que nos tempos de grande procura, sobretudo durante a Segunda Guerra Mundial. Fiéis aos métodos tradicionais ou muito automatizadas, todas têm na exportação o destino para a maior parte da produção. A portuguese sardine viaja para destinos tão distantes como o Japão ou a selva do Perú. A TSF acompanhou o percurso do peixe, entre a lota e a embalagem, e conversou com quem sabe do ofício.