Jacson Fressatto tem uma visão própria, que se converte em valor pessoal, sobre o que significa salvar uma vida: "não é necessariamente evitar que ela morra. Às vezes é dar a ela mais duas horas, para que ela possa se despedir dos seus. Que seus olhos se fechem de uma forma carinhosa e que os familiares que estão ao lado se sintam lisonjeados, ao ponto de mudarem a vida de outras dezenas ou centenas de pessoas".
Ele sabe bem do que está falando.
Depois de viver apenas 18 dias com sua primogênita - morta em 2010 por uma sepse - o arquiteto de software converteu o luto em uma missão de vida: evitar, tanto quanto fosse possível, que outros sofressem o que ele sofria. Da perda de Laurinha, nasceu o Robô Laura - software de inteligência artificial que emite alertas de sepse em pacientes internados. Mas o caminho entre a ideia e sua materialização não foi fácil: até chegar a marca de 50 mil vidas salvas e a um aporte de R$ 10 milhões, Jacson lutou contra uma depressão, reverteu uma falência e reestruturou sua vida pessoal tendo como guia uma determinação inabalável: a desistência não é uma opção.
Ouça a história de Jacson Fressatto no segundo episódio do Vale do Suplício.
Criado pelas jornalistas Adriele Marchesini e Silvia Paladino, cofundadoras da agência essense, o Vale do Suplício nasceu como uma contracultura aos empreendedores de palco - os típicos CEOs de MEI, escritores de textões no LinkedIn - para contar a história de empreendedores que falam pouco, mas fazem muito.
O Vale do Suplício tem a participação de Leonardo Vinhas, identidade visual de Eduardo Ramos (Studio Grano) e edição e finalização de Thiago Mendes (Ultra Filmes). Nos siga no instagram: @valedosuplicio_