Luís Cília, nascido em Angola, emigrou para território francês com passaporte para fugir à guerra colonial. A partir de França, no exílio, cantava sobre a falta de liberdade no seu país de origem. Neste episódio, ouve-se a voz da música de intervenção portuguesa.

Valdemar Francisco tinha seis anos quando, no início da década de 60, emigrou com a sua família para França com passaporte. Chegado a Paris, viveu nove anos naquele que foi o maior bairro de lata da Europa, em Champigny-sur-Marne. Neste episódio, ouve-se a voz da miséria portuguesa vivida nos designados bidonville.

No ano de 1969, Julieta Alves despediu-se da família e partiu a salto para terras francas. Consigo levava apenas a roupa que o corpo vestia. Neste episódio, ouve-se a voz da emigração feminina durante o regime salazarista.

Aos 17 anos, Julieta Alves despediu-se da sua família e partiu para território francês, levando consigo somente a roupa do corpo. Neste episódio, ouve-se uma voz feminina do salto. 

Nos finais do anos 60, José Lopes foi perseguido pela PIDE e partiu clandestinamente para França. Neste episódio, ouve-se a voz da emigração a salto "forçada", sendo que milhares de indivíduos tiveram de recomeçar as suas vidas do zero.

Nos finais dos anos 60, Juliana Alves e José Lopes passaram a fronteira portuguesa a salto com vista a França, onde existiam promessas de melhores condições de vida. Havendo viajado sem bagagem, os então jovens recomeçaram a sua vida do zero naquele que perspetivavam como um mundo novo. Uma década depois, uma notícia chegou-lhes aos ouvidos: caíra o Estado Novo em Portugal.