"A marcha atrás" de Macron titula o esquerdista Libération. O primeiro-ministro francês ter anunciado um conjunto de medidas que suspendem aumentos de impostos. No entanto, parecem não suficientes para calmar o descontentamento dos coletes amarelos.
Em editorial, Laurent-Joffrin, descreve um momento vertiginoso; "o governo cedeu", mas esta cedência pode não chegar. O Presidente "vertical" está agora na horizontal, estendido num tapete, prossegue o Libération.
"Jupiter é agora um ser mortal entre tantos e os relâmpagos que tinha em mãos transformaram-se em faíscas irrisórias".
O anúncio da moratória que vai custar 2 mil milhões ao estado não desactivou a crise. Emmanuel Macron foi vaiado e Édouard Philippe admitiu na assembleia que vai ter de mudar "alguma coisa".
A verdade, destaca o Le Monde, é que Édouard Philippe enfrenta sozinho este recuou de medidas defendidas durante a campanha eleitoral de Macron. O presidente que decidiu ficar longe de Paris, das câmaras, do barulho e sobretudo da contestação.