O artista Francisco Vidal cola catanas e usa-as como telas para pintar retratos de figuras africanas e da diáspora. Os gestos são amplos, as linhas caligráficas, as cores expressionistas. Para este português, angolano e cabo-verdiano, “a pintura é uma arma contra a guerra e contra a desumanização”, num grito contemporâneo contra a injustiça. Na sua obra palpitam a memória e a identidade de África, lutas antigas e actuais, em formas que combinam cubismo, cultura hip-hop, graffiti e arte urbana.