As primeiras páginas dos jornais franceses apresentam-se diversificadas tanto em relação a temas nacionais como internacionais.
LE MONDE, titula, Brexit: riscos para empresas francesas. O primeiro-ministro, Edouard Philippe lançou ontem o plano "ligado ao Brexit sem acordo" e anunciou medidas para proteger empresas e cidadãos franceses. 50 milhões de euros serão investidos nos portos e aeroportos franceses na construção de parques de estacionamento e centros de controlo.
Em caso de "no deal", a fronteira será reposta a 30 de março com o Reino Unido e 600 despachantes de alfândega e veterinários suplementares, serão recrutados. Apenas 30% das empresas francesas prepararam-se para o Brexit, quando se sabe que a França deverá ser o terceiro país mais afectado na Europa. O sector agro-alimentar para a exportação será o mais atingido, acrescenta, LE MONDE.
Entre a França e a Itália, grande trapalhada, titula, LE FIGARO. Desde a chegada ao poder de Macron e a ascensão de Matteo Salvini, alongou-se a lista de questões delicadas entre os dois países no plano político e económico.
Imigrantes, Aquarius, incidentes de fronteira, orçamento... os desacordos entre o presidente Macron e o novo homem forte italiano têm posturas de um autêntico confronto na cena europeia. Macron, quer ser o líder do campo progressista, para resistir ao aumento cresceste de forças populistas lideradas por Salvini, nota, LE FIGARO.
Mudando de assunto, por cá em França, LIBÉRATION, titula, 100 feridos graves, a caravana passa? Armas utilizadas pela polícia contra coletes amarelos causaram um número inédito de feridos. Se o executivo evacua facilmente este problema, o mesmo não acontece com muitas vozes que se levantam inclusivamente entre os próprios polícias. A França é um dos raros países da União europeia que utiliza armas ditas subletais, como granadas causando graves ferimentos.
Putras dessas armas é o "flash-ball" um lançador de bolas de borracha dura, que tem "um grau de perigosidade desproprocionado em relação aos objectivos de manutenção da ordem", pode ler-se num relatório da polícia de Paris, citado, por LIBÉRATION.
Por seu lado, L'HUMANITÉ, titula sobre o digitam nas escolas, nossas crianças entregues à empresa Microsoft. Através do programa "jovens cidadãos do numérico", a educação nacional tornou-se num cavalo de Tróia do mercado. É que o programa faz parte integrante do que a Microsoft chama o seu Plano IA, Inteligência Artificial, em França. Um dos objectivos desse plano é a sensibilização de 1 milhão de jovens nos próximos 3 anos integrados numa nova missão de serviço cívico da associação Unis-Cité, também com apoio da Microsoft.
"O Estado não faz nada para resistir ao entrismo das grandes empreas", lamenta, Rémi Boulle, vice-presidente da April, associação para a promoção e investigação de informação livre, acrescenta, L'HUMANITÉ.
Obras de arte perdidas da República, titula, LA CROIX. Um relatório comprova o desaparecimento de numerosas obras de arte depositadas por colecções nacionais em muséus de França e instituições da República. São milhares de obras que desapareceram, foram destruídas ou roubadas, nos últimos 200 anos destas instituições francesas, afirma o relatório, que reconhece, que passou a haver mais controlos, nos últimos 20 anos, mas ainda insuficientes, nota, LA CROIX.
Enfim, sobre a África, LE MONDE, destaca RDC: a União africana, apela à suspensão dos resultads eleitorais. A Organização contesta a eleição presidencial de Tshisekedi, após um acordo com o ainda presidente, Joseph Kabila, que doravante é considerado como uma ameaça séria para a segurança de países vizinhos. Mais: a União africana, enviou uma delegação à RDC com o objectivo de encontar um consenso sobre a saída da crise pós-eleitoral.
O candidato da oposição, Martin Fayulu, contestou a vitória de Tshisekedi, dizendo ser ele, o verdadeiro vencedor das presidenciais, cujos resultados definitivios, devem ser confirmados nos próximos dias, antes da investidura, marcada para 22 de janeiro, nota, LE MONDE.