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Não é mais impressão: os dias de maior congestionamento em São Paulo mudaram. Um levantamento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), feito a pedido do Mobilidade Estadão, mostra que, ao contrário do que se via anos atrás, quando as sextas-feiras eram sinônimo de caos nas ruas, agora as terças e quintas concentram os maiores índices de lentidão na capital. A análise considerou a média de congestionamentos dos últimos sete anos até junho de 2025. Para o consultor em mobilidade urbana Sérgio Avelleda, coordenador do Observatório Nacional de Mobilidade Sustentável do Insper, a pandemia foi um divisor de águas. “O home office acontece com muito mais frequência no início e no fim da semana. Isso reduziu o trânsito às segundas e sextas, mas concentrou deslocamentos às terças e quintas, que hoje são os dias mais críticos”, explica.
Avelleda critica a falta de políticas efetivas para priorizar o transporte coletivo e a mobilidade ativa. Ele lembra que, durante a pandemia, cidades como Paris e Bogotá aproveitaram as ruas vazias para ampliar ciclovias e corredores de ônibus, enquanto São Paulo manteve a lógica de investir em obras viárias para carros. “Quanto mais espaço abrimos para automóveis, mais eles ocupam. Nunca vimos o trânsito melhorar com túneis, pontes ou novas pistas”, afirma. Para enfrentar os engarrafamentos, o especialista defende ampliar corredores de ônibus, criar sistemas de BRT, melhorar a integração metropolitana e reduzir o estímulo ao carro. “São Paulo tem 17 mil km de ruas e avenidas, 90% destinadas ao automóvel, que transporta apenas 30% da população. A equação só vai mudar quando o transporte público for mais rápido, confiável e barato”, conclui.
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By Rádio EldoradoNão é mais impressão: os dias de maior congestionamento em São Paulo mudaram. Um levantamento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), feito a pedido do Mobilidade Estadão, mostra que, ao contrário do que se via anos atrás, quando as sextas-feiras eram sinônimo de caos nas ruas, agora as terças e quintas concentram os maiores índices de lentidão na capital. A análise considerou a média de congestionamentos dos últimos sete anos até junho de 2025. Para o consultor em mobilidade urbana Sérgio Avelleda, coordenador do Observatório Nacional de Mobilidade Sustentável do Insper, a pandemia foi um divisor de águas. “O home office acontece com muito mais frequência no início e no fim da semana. Isso reduziu o trânsito às segundas e sextas, mas concentrou deslocamentos às terças e quintas, que hoje são os dias mais críticos”, explica.
Avelleda critica a falta de políticas efetivas para priorizar o transporte coletivo e a mobilidade ativa. Ele lembra que, durante a pandemia, cidades como Paris e Bogotá aproveitaram as ruas vazias para ampliar ciclovias e corredores de ônibus, enquanto São Paulo manteve a lógica de investir em obras viárias para carros. “Quanto mais espaço abrimos para automóveis, mais eles ocupam. Nunca vimos o trânsito melhorar com túneis, pontes ou novas pistas”, afirma. Para enfrentar os engarrafamentos, o especialista defende ampliar corredores de ônibus, criar sistemas de BRT, melhorar a integração metropolitana e reduzir o estímulo ao carro. “São Paulo tem 17 mil km de ruas e avenidas, 90% destinadas ao automóvel, que transporta apenas 30% da população. A equação só vai mudar quando o transporte público for mais rápido, confiável e barato”, conclui.
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