A palavra estria surge pela primeira vez a meio do século XVIII e vem do latim striga- que significa sulco.
Apesar de toda a comunicação positiva e de aceitação que rodeia o tema atualmente, estas pequenas marcas afetam-nos muito desde sempre, física e psicologicamente, e já no Antigo Egito os artefactos de toilette continham preparações destinadas à sua correção. Foram descritas como uma entidade clínica há centenas de anos e apareceram na literatura médica pela primeira vez em 1889.
As estrias são lesões dérmicas muito comuns, com uma etiologia multifatorial, mas ainda não totalmente esclarecida. Sabe-se, no entanto, que estão implicados na sua formação fatores genéticos, mecânicos e hormonais.
Existem três estadios de desenvolvimento das estrias: inicialmente, na fase aguda, as estrias, têm cor vermelha devido à inflamação e ao edema. São alinhadas perpendicularmente à direção de tensão da pele, sem depressão cutânea, podendo ser sintomáticas e assumindo carater temporário. Evoluem depois para um estadio sub-agudo caracterizado pelo tom púrpura, e, depois, no estadio crónico são cicatrizes atróficas brancas nacaradas, hipopigmentadas, enrugadas e permanentes, o que as torna um verdadeiro desafio cosmético. São múltiplas, simétricas, dispostas de um modo linear ou concêntrico em sítios anatómicos variáveis de acordo com as circunstâncias fisiológicas e patológicas nas quais se desenvolvem.