O texto de Levítico nos mostra que os israelitas em sua relação com Deus deveriam agir com hombridade entre si e diante de Deus, eles não deveriam tirar vantagem uns dos outros, deveriam emprestar dinheiro aos necessitados, mas não cobrar juros, eles podiam e deveriam dar emprego aqueles que desejavam pagar suas dívidas pelo trabalho, mas, jamais tornar essas pessoas seus escravos permanentes.
(versículos 35 e 46)
Quando, por exemplo, os israelitas se vendiam como escravos aos de seu próprio povo que haviam enriquecido, ou a estrangeiros para saldar dívidas e não conseguiam pagar sozinhos, os seus parentes faziam todos os esforços para comprá-lo de volta e deveriam fazer isso de modo justo, pagando equivalente ao período que restava de sua dívida proporcionalmente até o dia em que ele seria liberto.
(Versículos 47 ao 50).
Por outro lado, os mestres deveriam cuidar do bem-estar dos escravos e não maltratar, (versículo 53), pois também a lei proibia o tratamento cruel e ordenava a libertação no ano do Jubileu, caso não fosse saldada a dívida seriam libertos ele e sua família.(versículos 50 ao 55).
Irmãos, esse texto de Levítico pontua claramente como deve ser a nossa conduta cristã no meio em que vivemos, que deve ser de humanitarismo e justiça social.
Justiça, amados, que como verbo, adjetivo e substantivo aparece 523 vezes nas Escrituras e a raiz da palavra remetem tanto a justiça enquanto ordem criada por Deus, como a justiça comportamento justo ou ação salvadora, inspirando o amor ao próximo e a si.
Independente da causa da pobreza ou necessidade do irmão, o que quer que você for oferecer, como ajuda ou até mesmo hospitalidade, deve ser sincera, sem julgamentos e sem esperar recompensa ou querer tirar algum proveito da situação, pois para Deus, seu conceito de unidade e comunhão vale tanto para as questões de ordem espiritual e moral quanto financeira.
Isso fica implícito nos versículos desse texto, o apelo a um comportamento ético na nossa vida, fazendo o bem e fugindo do mal, praticando a justiça e não apenas desejar que alguém tenha êxito na busca de sustento ou trabalho para prover alguma renda, mas também quando estiver ao nosso alcance, não fingir que não vê e se dispor ajudar de maneira prática e não buscando alguma maneira de explorar a necessidade do seu próximo, como, por exemplo, dizendo: "… olha eu posso te emprestar nesse momento depois você me paga com x por cento de juros"…
Irmãos, isso não é generosidade ou justiça social para com seu próximo e é abominável diante de Deus, pois o texto diz claramente que se um homem se tornar tão pobre a ponto de se vender para outro mais rico, ainda assim deve ser tratado com respeito e dignidade de irmão.
Fazer justiça para Deus, irmãos, é também sustentar os indigentes e os necessitados, tradição que era mantida pelos membros da igreja cristã primitiva:
" carregai os fardos pesados uns dos outros e, assim cumprirão a lei de Cristo"
(Gálatas 6:2)
Amados, a pessoa, com sua vida guiada pelo Espírito Santo, deve ajudar seu irmão a suportar e carregar a carga física e também carga emocional e espiritual nos momentos difíceis, cumprindo a lei que Jesus nos ensinou:
"Ame o teu próximo como a ti mesmo".
(Gálatas 5:14)
Irmãos, para encerrar, no contexto que lemos, não era ao homem possível cumprir toda a lei de Moisés, mas, esta que hoje por sua Graça nós desfrutamos é a Lei de Cristo, somos libertos, não mais escravos, a dívida está paga e esta é a lei a que Jesus nos chama, quando Ele próprio nos fala sobre responsabilidade social:
"Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, com para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo."
(Colossenses 3:23,24)
Amém?
Fica na paz
Que Deus te abençoe, abençoe a sua casa e a sua família.