Ora, nisto eu declaro a vós, não vos louvo, porque não congregais para o melhor, mais para o pior.
Paulo já havia elogiado os cristãos anteriormente, mas se tratando da ceia do Senhor, os repreende pelo seu comportamento inapropriado.
Chegou até Paulo que quando os irmãos se reuniam, seja para o culto ou para uma comunhão entre irmãos, ocorria o pecado da divisão, determinados grupinhos, dividiam a comunhão da igreja que é o corpo de Cristo, uns diziam serem do grupo de Paulo, outros de Apolo, de Cefas e ainda os que era de Cristo.
O apostolo declara que tendo esses problemas na igreja uma coisa se destacava, que eram os aprovados, os sinceros, os verdadeiros servos do Senhor, esses sim tinham uma postura exemplar, obedeciam à palavra, mas, na verdade, o que chamava atenção nestas reuniões era a falta de comunhão entre os irmãos, os que tinham melhor condições financeiras traziam sua própria ceia, o pior era que eles não esperavam uns pelos outros, deixando uns com fome enquanto outros já estavam fartos de tanto comer, o egoísmo e interesse particular era o que reinava.
A igreja foi chamada para ser um único corpo, perfeitamente unido, devemos estar atentos em servir ao nosso irmão, olhar para os que tem mais necessidades.
Paulo reprovou os que tinham casas e condições, pois poderiam chegar já alimentados, para melhor servir o próximo, ao invés disso, deixavam os que tinham menos condições envergonhados e com fome, não foi o apóstolo que inventou a ceia do Senhor com toda essa organização e doutrina, ele está repetindo a tradição que recebeu do Senhor, o apóstolo quando esteve em coríntios repassou o ensinamento a igreja de como devia ser feito.
O apostolo faz uma comparação da atitude dos coríntios, frente aos atos e palavras do Senhor Jesus na noite em que ele foi traído.
O verso 24, na parte B e 25, diz: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isso em memória de mim.
Depois, da mesma maneira também, ele tomou o cálice, depois de cear, dizendo: Este cálice é o novo nascimento no meu sangue; fazei isto, todas às vezes que o beberdes, em memória de mim.
Os cristãos de Coríntios deveriam partir o pão em memória da morte de Jesus, eles também deveriam beber do cálice em memória da nova aliança que Jesus validou na cruz do calvário por cada um de nós.
A ceia do Senhor anuncia a morte de Jesus até que ele venha, não um ato de luto, mas uma ocasião de esperança viva, Paulo repete as palavras do Messias dando um realce a seus atos, isso acontece para ocorrer um contraste com os atos egoístas dos que causam divisões na igreja do Senhor em Coríntios.
A divisão é algo tão sério que levava os irmãos a participar de maneira indigna e a pecar contra o corpo e o sangue do Senhor, os cristãos deveriam reconhecer que Jesus sacrificou seu corpo em favor de todos e que este sacrifício foi planejado para tornar os cristãos um corpo unido e sem egoísmos.
Paulo apresenta uma orientação corretiva no verso 28, diz: Mas, examine-se o homem a si mesmo, e assim coma deste pão, e beba deste cálice.
O autoexame significa observar atitudes que causavam e causam ainda hoje divisão na unidade do corpo de Cristo, a falta de compaixão para com os que nada tinham, irmãos que comiam do pão e bebiam do cálice e não reconheciam o corpo de Cristo, o resultado é de condenação para si mesmo, por causa disso muitos estão fracos e ainda doentes e outros foram levados literalmente pela morte, reprovados.
Paulo reforça a que julgássemos a nós mesmos, aceitar a disciplina do Senhor para não sermos condenados com o mundo, quando se reunirem, tenham domínio próprio, o remédio prático é esperar uns pelos outros, os que tiverem com muita fome, que coma antes em casa, assim a reunião seja para o melhor, o apóstolo amava tanto a comunhão que deixou algumas instruções para serem feitas pessoalmente.