E o nosso devocional é sobre 2 Coríntios 4:1-15 – “Tesouro em vaso de barro”.
2 Coríntios 4:7 Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.
Queridos, no início do Capítulo 4 (quatro) o apóstolo Paulo em ato contínuo na doutrinação da igreja de Corinto traz uma revelação esplendorosa, na qual ele afirma haver dentro de nós um tesouro que reflete a excelência do poder de Deus operando em cada um de nós.
O vaso, como sabemos reportado em Gênesis Capitulo 2.7, que declara que o homem foi feito do pó da terra, e é por meio desta figura humilde, frágil, fraco e mortal, ainda assim ele torna-se iluminado pelo Espírito Santo para se tornar conhecedor dos tesouros e das insondáveis riquezas de Deus e seus eternos caminhos.
Este tesouro se refere às inúmeras promessas do evangelho, conforme a descrição de Paulo nesta epístola de modo geral, porquanto elas envolvem a questão da transformação dos remidos segundo a imagem de Cristo e a participação de sua natureza e glória.
Neste passo, o precioso “Tesouro” traz consigo a própria iluminação, porque o Espírito Santo é o mediador de todas as nossas possessões.
Nota-se, que o apostolo prescreve o termo “temos”, sim, por já possuímos esse Tesouro, muito embora apenas em parte, mais um dia teremos plenamente.
Porém, pela graça divina, havemos de entrar na posse total do mesmo, pois o poder que revela o tesouro é ilimitado, e para nossa surpresa está guardado em receptáculos de quem nós jamais esperaríamos nada.
Em grande parte, pessoas desprezadas pela sociedade, vasos que possuem seus nomes envolvidos em rodas de chacotas e zombarias, pessoas conhecidas como rudes, duras, de costumes estranhos, totalmente distante da cultura do mundo, antagônicas aos padrões humanos e carnais de excelência.
Todavia, pautados com base na régua de Cristo que pelo seu puro-sangue encontraram lugar diante de Deus, e pela graça receberam cadeiras na mesa das bodas do cordeiro, carregando sem a atenção dos homens, dentro de seus Espíritos e corações as chaves dos mistérios do Reino de Deus e palavras de vida eterna.
Paulo, sem pestanejar, revela esse Tesouro no versículo 6 (seis) deste mesmo Capítulo quando declara; “Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo.
De outro giro, nem um homem pode gloriar-se em si, pois por mais inteligente e espiritual que seja, somente Deus pode receber a glória pelo elevado e maravilhoso destino que o homem deve desfrutar se decidir seguir e obedecê-lo, pois tudo é de Deus e a Ele tudo pertence tanto o homem, quanto o caminho.
Por isso, sempre, sempre, sempre, toda honra, toda gloria, seja dada ao nosso Deus, pois tudo por Ele e para Ele são todas as coisas, pois elas foram criadas mediante o seu Poder.
Paulo, relata a excelência do poder de Deus, a palavra grega ali é” uperbole”, o que indica algo tão excelente que chega a ser “excessivo”, “transcendental; virtude exclusiva do poder de Deus.
Esse Poder absurdo é frontalmente contrastado com a debilidade da condição humana, mas o impressionante é que apenas através deste magnificente poder é que os remidos podem possuir os tesouros de Deus, os tesouros dos céus.
Notadamente, precisamos entender que por carregar tamanha riqueza, é que muitas vezes somos perseguidos, mas jamais seremos desamparados, podemos até nos abater por alguns dias, mas jamais seremos destruídos.
Alegrassem-se, pois sinceramente quem se aproximar de nós sem interesses escusos e sem reservas, verás que trazemos em nós o morrer de Jesus, e por Ele somos entregues a morte diariamente, para que com muito cuidado a vida de Jesus possa se manifestar em nós não tão somente com palavras, mas com Poder, como diz as escrituras.