As primeiras páginas dos jornais franceses apresentam-se diversificadas com assuntos que vão desde o próximo encontro entre Trump e Kim Jong-un, passando pelas dificuldades de Macron até à crise na Síria.
Espectacular reatamento de relações entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, titula, LE MONDE.O director da CIA e secretário de Estado designado, Mike Pompeo, encontrou-se discretamente com o líder norte-coreano, a 1 de abril. Um encontro, até agora, impensável, de Donald Trump e de Kim Jong-un, até ao mês de junho, tornou-se muito provável.
O papel da Coreia do Sul foi decisivo e Kim Jong-un foi, em Marte, à China à procura de apoio e de conselhos do presidente chinês. A viva tensão entre Washington e Pyongyang baixou, enquanto, o Japão que continua a defender um linha dura, está isolado, sublinha, LE MONDE.
Em nome das vítimas sírias, titula LA CROIX. Na Europa e na Síria, investigadores reúnem provas de atrocidades cometidas por Damasco. No seu editorial "tempo de justiça", o mesmo LA CROIX, nota que um dia a guerra acabará e chegará o tempo de os sírios abraçar a reconstrução e reparação.
Mas, será, também, tempo da justiça, contra Daesh, cujos crimes já estão instruídos pela ONU, mas também justiça contra as atrocidades levadas a cabo por todas as partes no conflito, nomeadamente, Damasco, sublinha LA CROIX.
Elon Musk, herói ou mito?, pergunta, em título, LIBÉRATION. O bilionário que quer colonizar Março oscila entre feitos de génio e duros fracassos. O bilionário de Califórnia, que criou Space X-Tesla, quer também revolucionar o transporte automóvel.
Mas Tesla parece à beira da falência e acumulam-se dores de cabeça para o construtor automóvel que suspendeu a produção do seu último modelo. O próprio Musk, tuítou a 2 de abril: "volto dormir no laboratório. O negócio de automóvel é um inferno". No seu editorial, LIBÉRATION, nota que Elon Musk, teve o louco talento de conseguir juntar uma megalomania adolescente, que faz sorrir, a uma obsessão patológica pelo lucro que mete medo.
Mudando de assunto, por cá em França, ambições europeias: Macron, reprovado, em Estrasburgo, titula, L'HUMANITÉ. O chefe de estado queria fazer do hemiciclo europeu uma rampa de lançamento da campanha do seu partido Em Marcha para 2019. Mas, Macron manobra tremidamente à escala europeia, após ter implementado, em França, todas as políticas neo-liberais, multiplicando contra-reformas ditadas no quadro do mecanismo europeu.
Por seu lado, LE FIGARO, titula, autoridade do Estado fracassa em Notre-Dame-des-Landes. Os manifestantes contra a construção do aeroporto local estão determinados, receberam reforços e todos os dias dão baile às forças da ordem que cada vez mais têm dificuldades em praticar o imobilismo emanado do poder político, nota LE FIGARO.
Enfim, sobre o continente africano, LA CROIX, destaca a Líbia desmembrada entre leste e oeste. A possível retirada da cena político-militar do marechal, Haftar, homem forte do leste líbio, hospitalizado em Paris, corre o risco de provocar uma explosão entre tribos e milícias do leste do país.