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Donald Trump toma posse hoje como 47º Presidente dos Estados Unidos da América e a incerteza paira sobre Washington - e sobre o Mundo - sobre as suas prioridades. Desde a deportação em massa dos imigrantes ilegais, redução dos apoios às renováveis e potencial expansão do território, João Pedro Ferreira, investigador na Universidade da Vírginia considera que Trump será um Presidente para os super ricos e fará o que beneficiar as grandes empresas norte-americanas.
Donald Trump regressa hoje à Casa Branca, mas apesar de já ter cumprido um mandato entre 2017 e 2021, a incerteza sobre as suas acções marcará os primeiros 100 dias de mandato. Por um lado porque o novo Presidente já multiplicou as promessas megalomanas ligadas à deportações de milhões de imigrantes ou a um novo encerramento das fronteiras, do outro porque apesar de os republicanos deterem a maioria no Congresso, não é claro que estas polémicas medidas agradem a todos os conservadores - já que vão perturbar em larga a escala a economia norte-americana.
"Ninguém sabe como vão ser os primeiros 100 dias de Donald Trump, nem ele próprio, porque nos Estados Unidos o sistema é presidencialista, um bocadinho como em França, mas com algumas diferenças. Trump, para ser eleito, representou uma coligação muito grande de diferentes interesses. E ao representar uma coligação muito grande, de diferentes interesses, o que vemos agora é que as pessoas que estão a tomar posse na Casa Branca, muitas delas são novas no cargo ou basicamente não sabemos muito bem o que é que podemos esperar delas. Para se perceber, quem vai ficar com a questão interna dos militares é uma pessoa que era jornalista na Fox News. Ora bem, nada contra jornalistas, mas ele, de facto desconhecido qualquer tipo de experiência associada ao cargo que está a ter. Por exemplo, a pessoa que vai ficar com o ambiente é uma pessoa ligada à indústria do carvão. Ora, isto não é propriamente novo nos Estados Unidos e, em particular, isto já aconteceu no primeiro mandato Donald Trump. Mas torna tudo um bocadinho incerto", indicou João Pedro Ferreira, economista e investigador de Políticas Públicas na Univerdade da Virgínia, nos Estados Unidos.
Se o gabinete de Donald Trump tem causado polémica desde que os primeiros nomes começaram a ser apontados, especialmente no que diz respeito a Pete Hegseth, Secretário da Defesa, outros nomes não surpreenderam como do multi-milionário - e agora homem mais rico do Mundo -, Elon Musk, que ficará encarregue do posto de Eficiência Governamental. É aliás para o perfil de Elon Musk e de outros super ricos, que João Pedro Ferreira pensa que Trump vai governar.
"Eu tenho poucas dúvidas que Donald Trump, apesar do que disse, é um Presidente para os oligarcas, para os grandes senhores como Elon Musk, Jeff Bezos e Mark Zuckerberg, que já começaram todos a posicionar-se face a Donald Trump. Foi conveniente e infelizmente o discurso de ódio foi abraçado por um conjunto de gente da extrema-direita e cristão nacionalistas, mas ele dificilmente terá um discursos e uma postura que vai agradar a todos", afirmou o académico português radicados nos Estados Unidos.
Se os americanos de classe média esperavam grandes alterações quanto ao custo de vida ou oportunidades de emprego graças à subida ao poder de Donald Trump, o próprio Presidente já veio dizer que os preços não vão diminuir - ao contrário do que disse durante a campanha. Mesmo na oposição à China, um ponto essencial na sua dialética para aceder ao poder e prometer um futuro económico mais favorável, Trump deve "falar grosso e fazer pouco", como apontou João Pedro Ferreira.
Na esfera internacional, Trump até poderá ter sucessos, colhendo os frutos do cessar-fogo negociado entre Israel e o Hamas e até pode chegar a mediar um entendimento entre a Rússia e a Ucrânia, mas beneficiará mais dos erros cometidos durante a administração Biden do que terá uma intervenção directa no fim desses conflitos.
Donald Trump toma posse hoje como 47º Presidente dos Estados Unidos da América e a incerteza paira sobre Washington - e sobre o Mundo - sobre as suas prioridades. Desde a deportação em massa dos imigrantes ilegais, redução dos apoios às renováveis e potencial expansão do território, João Pedro Ferreira, investigador na Universidade da Vírginia considera que Trump será um Presidente para os super ricos e fará o que beneficiar as grandes empresas norte-americanas.
Donald Trump regressa hoje à Casa Branca, mas apesar de já ter cumprido um mandato entre 2017 e 2021, a incerteza sobre as suas acções marcará os primeiros 100 dias de mandato. Por um lado porque o novo Presidente já multiplicou as promessas megalomanas ligadas à deportações de milhões de imigrantes ou a um novo encerramento das fronteiras, do outro porque apesar de os republicanos deterem a maioria no Congresso, não é claro que estas polémicas medidas agradem a todos os conservadores - já que vão perturbar em larga a escala a economia norte-americana.
"Ninguém sabe como vão ser os primeiros 100 dias de Donald Trump, nem ele próprio, porque nos Estados Unidos o sistema é presidencialista, um bocadinho como em França, mas com algumas diferenças. Trump, para ser eleito, representou uma coligação muito grande de diferentes interesses. E ao representar uma coligação muito grande, de diferentes interesses, o que vemos agora é que as pessoas que estão a tomar posse na Casa Branca, muitas delas são novas no cargo ou basicamente não sabemos muito bem o que é que podemos esperar delas. Para se perceber, quem vai ficar com a questão interna dos militares é uma pessoa que era jornalista na Fox News. Ora bem, nada contra jornalistas, mas ele, de facto desconhecido qualquer tipo de experiência associada ao cargo que está a ter. Por exemplo, a pessoa que vai ficar com o ambiente é uma pessoa ligada à indústria do carvão. Ora, isto não é propriamente novo nos Estados Unidos e, em particular, isto já aconteceu no primeiro mandato Donald Trump. Mas torna tudo um bocadinho incerto", indicou João Pedro Ferreira, economista e investigador de Políticas Públicas na Univerdade da Virgínia, nos Estados Unidos.
Se o gabinete de Donald Trump tem causado polémica desde que os primeiros nomes começaram a ser apontados, especialmente no que diz respeito a Pete Hegseth, Secretário da Defesa, outros nomes não surpreenderam como do multi-milionário - e agora homem mais rico do Mundo -, Elon Musk, que ficará encarregue do posto de Eficiência Governamental. É aliás para o perfil de Elon Musk e de outros super ricos, que João Pedro Ferreira pensa que Trump vai governar.
"Eu tenho poucas dúvidas que Donald Trump, apesar do que disse, é um Presidente para os oligarcas, para os grandes senhores como Elon Musk, Jeff Bezos e Mark Zuckerberg, que já começaram todos a posicionar-se face a Donald Trump. Foi conveniente e infelizmente o discurso de ódio foi abraçado por um conjunto de gente da extrema-direita e cristão nacionalistas, mas ele dificilmente terá um discursos e uma postura que vai agradar a todos", afirmou o académico português radicados nos Estados Unidos.
Se os americanos de classe média esperavam grandes alterações quanto ao custo de vida ou oportunidades de emprego graças à subida ao poder de Donald Trump, o próprio Presidente já veio dizer que os preços não vão diminuir - ao contrário do que disse durante a campanha. Mesmo na oposição à China, um ponto essencial na sua dialética para aceder ao poder e prometer um futuro económico mais favorável, Trump deve "falar grosso e fazer pouco", como apontou João Pedro Ferreira.
Na esfera internacional, Trump até poderá ter sucessos, colhendo os frutos do cessar-fogo negociado entre Israel e o Hamas e até pode chegar a mediar um entendimento entre a Rússia e a Ucrânia, mas beneficiará mais dos erros cometidos durante a administração Biden do que terá uma intervenção directa no fim desses conflitos.
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