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O antropólogo moçambicano Anésio Manhiça está a desenvolver um projecto chamado “Empreender com Orgulho”. Trata-se de uma iniciativa que promove o empoderamento económico de jovens LGBTQIA+ em Moçambique, no intuito de criar abordagens mais inclusivas nos negócios e “ajudar a mudar mentes”. Depois de ter realizado a 1ª Conferência do Empoderamento Económico LGBTQIA+, a iniciativa vai promover, em Novembro, a 1ª competição de ideias de negócios inclusivos.
RFI: O que é este projecto “Empreender com Orgulho”?
Anésio Manhiça, Coordenador do Projecto “Empreender com Orgulho”: “Empreender com orgulho” é um consórcio constituído por três organizações moçambicanas: INCLUSÃO, KUTCHINDJA e a Associação do Sistema de Monitoria Orientada para Gestão que decidiram juntar-se para promover o empoderamento económico de jovens LGBT, mas também influenciar para que haja espaços profissionais que respeitem as diferenças baseadas na identidade de género, assim como na orientação sexual.
Há quanto tempo é que começou o projecto e qual é o conceito?
Este projecto começou em Março através do apoio da Other Foundation, que é uma fundação baseada na África do Sul e que tem apoiado diferentes movimentos ao nível da região Austral. Com este projecto, o que nós queríamos é tentar alterar ou mostrar ao nível de Moçambique que existem outros campos ou outras formas de desenvolvimento e transformação e apoio à mudança social para pessoas LGBT, que não sejam questões ligadas ao HIV, à prostituição, à doença. Então, é mais sobre economia porque nós acreditamos que um apoio baseado na economia pode, de alguma forma, reforçar as outras abordagens de apoio às pessoas LGBT e pensamos que também esta é uma metodologia que pode ajudar a mudar mentes, a mudar a forma como as pessoas olham para pessoas LGBT.
Qual é a forma como as pessoas olham?
O que nós temos visto é que, de alguma forma, uma ênfase em abordagens de saúde, de HIV reforça uma narrativa e um imaginário da pessoa LGBT como alguém que é do risco, como alguém que é da doença, tudo do lado negativo. Este é um imaginário já muito antigo, associado às pessoas LGBT. Então, pensámos que apoiando as pessoas a terem negócios, a terem negócios estáveis, empregos dignos, outras pessoas vão olhar para estas pessoas LGBT como pessoas normais que contribuem para a economia, pessoas que contribuem no sector criativo, no sector de hotelaria. A ideia é pensarmos do económico como essa abordagem que vai ajudar nesta mudança social de forma bem mais abrangente.
O que é que têm feito até agora concretamente? E o que é que vão fazer?
Agora, nós desenvolvemos uma pesquisa para compreender quais são as barreiras económicas que as pessoas LGBT têm na área metropolitana de Maputo e que prácticas económicas têm. Fizemos uma pesquisa, que era qualitativa e quantitativa, em que acabámos concluindo que a maior parte das pessoas LGBT acaba desenvolvendo actividades como intermediários, que em Maputo chama-se “nhonguistas” que é uma forma de estar na práctica económica, mesmo sem ter um produto, mesmo sem ter um recurso para adquirir um produto e comercializar, então ficam sempre entre quem produz e quem comercializa.
Então, muitos são “nhonguistas”, que são intermediários, e outros acabam sendo criativos, ficam neste espaço criativo porque é um espaço socialmente construído como um espaço para a pessoa LGBT, mas também é o espaço onde se sentem com maior liberdade de expressar a sua identidade e orientação sexual porque já assim é percebido. É um espaço que já foi conquistado ao longo do tempo.
Também fizemos a primeira Conferência do Empoderamento Económico em Moçambique, que foi um grande marco até a nível da região Austral, onde juntámos empreendedores moçambicanos, brasileiros e sul-africanos. Vamos fazer anualmente esta grande conferência para criar esta sinergia.
Agora, no mês de Novembro, vamos fazer a primeira competição de ideias de negócios inclusivos, em que a ideia é colocarmos pessoas LGBT e não LGBT a apresentarem aquilo que são as suas ideias de negócio, que são baseadas numa abordagem inclusiva. Elas vão passar por um treino para entenderem o que é isso e, no final, vão apresentar estas ideias com melhor precisão. Vamos premiar duas iniciativas e vamos também tentar dar visibilidade aos negócios dos que participaram e talvez sensibilizar aos que aspiram ser empreendedores a caminharem por este lado e a adoptarem abordagens mais inclusivas.
O objectivo, no fundo, é quebrar barreiras e fazer com que todos os empreendedores, em todas as profissões, sejam mais inclusivos?
O que nós constatamos, primeiro, é que vários movimentos LGBT, ao nível de Maputo e um pouco pelo mundo, acabam caminhando por um espaço que acaba sendo segregacionista, que é um movimento que acaba agindo por si. Nós pensamos que tratando-se de uma abordagem económica, é super importante termos o envolvimento de todos os actores porque quem pode dar emprego é, às vezes, alguém que não é LGBT. E se nós conseguirmos fazer com que este empresário perceba que tendo uma abordagem mais inclusiva, pode trazer ganhos à própria empresa, ele vai abrir-se e vai empregar mais pessoas LGBT. Assumimos que nem todas as pessoas têm capacidade de gerar emprego, então é importante envolvermos, buscarmos vários aliados para que realmente criemos este equilíbrio.
Falou em barreiras económicas. Eu suponho que também haja barreiras sociais e culturais. Moçambique está preparado para ser realmente inclusivo também no mundo profissional?
Eu penso que sim, que Moçambique está preparado. Pelo menos, temos a Lei do Trabalho que já prevê a não discriminação contra a orientação sexual. Mas também podemo-nos reforçar muito a partir da legislação que foi feita para a questão do empoderamento da mulher, que prevê questões de género. A questão da Lei do Trabalho é bem categórica em não haver discriminação. Uma das coisas que também prevemos fazer é divulgar massivamente esta lei e tentar trabalhar com as empresas para ver se realmente garantem que dentro do seu espaço profissional não há esta discriminação. Eu acho que está super preparado. O que precisa realmente é de pessoas que estão interessados na causa e que mostrem aos empreendedores e aos empresários a potencialidade de termos espaços de trabalhos mais inclusivos.
Com este projecto, “Empreender com Orgulho”, pensa que alguma coisa pode mudar, que já está a mudar? Que vão quebrar alguns silêncios?
Sim, muitas coisas vão mudar e estão a mudar. Primeiro, esta perspectiva de projectos LGBT que sejam mais de comunidade, agora, estamos a optar por uma dimensão mais nacional, uma voz que é bem mais ouvida. Participamos em diferentes eventos de cariz nacional e que são espaços que convidam outras pessoas a uma participação que sai do nível de bairro, de comunidade, e participamos em discussões mais globais.
Também o facto de termos esta conferência, a Conferência de Empoderamento Económico, em que tivemos uma audiência de mais de cem pessoas, em que tivemos diferentes actores políticos – falo tanto da cooperação internacional, como de alguns membros do governo - mesmo que não se queiram presentar como tal - mas que foi visível e estavam lá.
Há este interesse visível, sim, e há uma outra coisa. Notámos que os outros movimentos também estão a começar a olhar esta abordagem económica como importante e como algo que realmente merece uma super atenção. Estamos a ter este resultado, estamos a influenciar pessoas a optarem por esta abordagem económica e estamos a mostrar aos outros que são decisores políticos que a abordagem económica é super importante e estamos a conseguir também interagir com algumas instituições que se apresentavam como instituições que diziam que não podiam se associar a este grupo alvo.
Houve eleições gerais em Moçambique. Até que ponto é que os candidatos incluíram as reivindicações do eleitorado LGBTQIA+? Foram suficientemente ouvidos?
A questão dos manifestos dos candidatos em relação à causa LGBT, parece-me que ainda é uma continuidade do que vimos em termos históricos, que é uma ambiguidade em termos de identificar-se ou de se prever a questão do público LGBT nos seus manifestos. O que notámos é um silêncio. Eu estava inclusive em dois eventos de debate com os candidatos e com os membros de partidos e, uma das vezes, alguém que estava na audiência de forma muito clara questionou e notámos que o candidato passou pela pergunta como se a pergunta não tivesse sido feita. Era “como é que olha para a questão das minorias sexuais? O que o seu manifesto prevê?”. E simplesmente o candidato não disse nada.
Também estivemos num outro debate que era com os representantes da camada jovem de cada partido, em que também uma pessoa questionou e também houve um total silêncio. Há um receio dos políticos em olhar com maior clareza para a questão das minorias no geral porque são assuntos que ainda são totalmente ambíguos. Há um receio de perda de eleitorado, mas também não sabem se vão ganhar, então preferem um silêncio.
Mas este é um silêncio que já vem desde há muito tempo. No geral, as pessoas podem ser LGBT desde que não digam, que não mostrem. Não haverá nenhuma violência física, não haverá nenhuma sanção, é simplesmente não demonstrar publicamente. Ninguém te vai criminalizar por isso, ninguém te vai violentar por isso, simplesmente não podes viver em espaços públicos e demonstrar em espaços públicos. Então, a ideia dos políticos também vem vincando esta perspectiva. Foi um total silêncio.
Mas também não é só por esta questão, eu acho que isso denuncia uma fraqueza dos próprios partidos em conhecerem temáticas específicas, em conhecerem o seu eleitorado no geral. Então, acho que não é só pelo tema, mas também pela fraqueza do perfil dos candidatos e dos próprios partidos em termos de investimento, em conhecer, de facto, a realidade do país e das pessoas que vão governar.
O antropólogo moçambicano Anésio Manhiça está a desenvolver um projecto chamado “Empreender com Orgulho”. Trata-se de uma iniciativa que promove o empoderamento económico de jovens LGBTQIA+ em Moçambique, no intuito de criar abordagens mais inclusivas nos negócios e “ajudar a mudar mentes”. Depois de ter realizado a 1ª Conferência do Empoderamento Económico LGBTQIA+, a iniciativa vai promover, em Novembro, a 1ª competição de ideias de negócios inclusivos.
RFI: O que é este projecto “Empreender com Orgulho”?
Anésio Manhiça, Coordenador do Projecto “Empreender com Orgulho”: “Empreender com orgulho” é um consórcio constituído por três organizações moçambicanas: INCLUSÃO, KUTCHINDJA e a Associação do Sistema de Monitoria Orientada para Gestão que decidiram juntar-se para promover o empoderamento económico de jovens LGBT, mas também influenciar para que haja espaços profissionais que respeitem as diferenças baseadas na identidade de género, assim como na orientação sexual.
Há quanto tempo é que começou o projecto e qual é o conceito?
Este projecto começou em Março através do apoio da Other Foundation, que é uma fundação baseada na África do Sul e que tem apoiado diferentes movimentos ao nível da região Austral. Com este projecto, o que nós queríamos é tentar alterar ou mostrar ao nível de Moçambique que existem outros campos ou outras formas de desenvolvimento e transformação e apoio à mudança social para pessoas LGBT, que não sejam questões ligadas ao HIV, à prostituição, à doença. Então, é mais sobre economia porque nós acreditamos que um apoio baseado na economia pode, de alguma forma, reforçar as outras abordagens de apoio às pessoas LGBT e pensamos que também esta é uma metodologia que pode ajudar a mudar mentes, a mudar a forma como as pessoas olham para pessoas LGBT.
Qual é a forma como as pessoas olham?
O que nós temos visto é que, de alguma forma, uma ênfase em abordagens de saúde, de HIV reforça uma narrativa e um imaginário da pessoa LGBT como alguém que é do risco, como alguém que é da doença, tudo do lado negativo. Este é um imaginário já muito antigo, associado às pessoas LGBT. Então, pensámos que apoiando as pessoas a terem negócios, a terem negócios estáveis, empregos dignos, outras pessoas vão olhar para estas pessoas LGBT como pessoas normais que contribuem para a economia, pessoas que contribuem no sector criativo, no sector de hotelaria. A ideia é pensarmos do económico como essa abordagem que vai ajudar nesta mudança social de forma bem mais abrangente.
O que é que têm feito até agora concretamente? E o que é que vão fazer?
Agora, nós desenvolvemos uma pesquisa para compreender quais são as barreiras económicas que as pessoas LGBT têm na área metropolitana de Maputo e que prácticas económicas têm. Fizemos uma pesquisa, que era qualitativa e quantitativa, em que acabámos concluindo que a maior parte das pessoas LGBT acaba desenvolvendo actividades como intermediários, que em Maputo chama-se “nhonguistas” que é uma forma de estar na práctica económica, mesmo sem ter um produto, mesmo sem ter um recurso para adquirir um produto e comercializar, então ficam sempre entre quem produz e quem comercializa.
Então, muitos são “nhonguistas”, que são intermediários, e outros acabam sendo criativos, ficam neste espaço criativo porque é um espaço socialmente construído como um espaço para a pessoa LGBT, mas também é o espaço onde se sentem com maior liberdade de expressar a sua identidade e orientação sexual porque já assim é percebido. É um espaço que já foi conquistado ao longo do tempo.
Também fizemos a primeira Conferência do Empoderamento Económico em Moçambique, que foi um grande marco até a nível da região Austral, onde juntámos empreendedores moçambicanos, brasileiros e sul-africanos. Vamos fazer anualmente esta grande conferência para criar esta sinergia.
Agora, no mês de Novembro, vamos fazer a primeira competição de ideias de negócios inclusivos, em que a ideia é colocarmos pessoas LGBT e não LGBT a apresentarem aquilo que são as suas ideias de negócio, que são baseadas numa abordagem inclusiva. Elas vão passar por um treino para entenderem o que é isso e, no final, vão apresentar estas ideias com melhor precisão. Vamos premiar duas iniciativas e vamos também tentar dar visibilidade aos negócios dos que participaram e talvez sensibilizar aos que aspiram ser empreendedores a caminharem por este lado e a adoptarem abordagens mais inclusivas.
O objectivo, no fundo, é quebrar barreiras e fazer com que todos os empreendedores, em todas as profissões, sejam mais inclusivos?
O que nós constatamos, primeiro, é que vários movimentos LGBT, ao nível de Maputo e um pouco pelo mundo, acabam caminhando por um espaço que acaba sendo segregacionista, que é um movimento que acaba agindo por si. Nós pensamos que tratando-se de uma abordagem económica, é super importante termos o envolvimento de todos os actores porque quem pode dar emprego é, às vezes, alguém que não é LGBT. E se nós conseguirmos fazer com que este empresário perceba que tendo uma abordagem mais inclusiva, pode trazer ganhos à própria empresa, ele vai abrir-se e vai empregar mais pessoas LGBT. Assumimos que nem todas as pessoas têm capacidade de gerar emprego, então é importante envolvermos, buscarmos vários aliados para que realmente criemos este equilíbrio.
Falou em barreiras económicas. Eu suponho que também haja barreiras sociais e culturais. Moçambique está preparado para ser realmente inclusivo também no mundo profissional?
Eu penso que sim, que Moçambique está preparado. Pelo menos, temos a Lei do Trabalho que já prevê a não discriminação contra a orientação sexual. Mas também podemo-nos reforçar muito a partir da legislação que foi feita para a questão do empoderamento da mulher, que prevê questões de género. A questão da Lei do Trabalho é bem categórica em não haver discriminação. Uma das coisas que também prevemos fazer é divulgar massivamente esta lei e tentar trabalhar com as empresas para ver se realmente garantem que dentro do seu espaço profissional não há esta discriminação. Eu acho que está super preparado. O que precisa realmente é de pessoas que estão interessados na causa e que mostrem aos empreendedores e aos empresários a potencialidade de termos espaços de trabalhos mais inclusivos.
Com este projecto, “Empreender com Orgulho”, pensa que alguma coisa pode mudar, que já está a mudar? Que vão quebrar alguns silêncios?
Sim, muitas coisas vão mudar e estão a mudar. Primeiro, esta perspectiva de projectos LGBT que sejam mais de comunidade, agora, estamos a optar por uma dimensão mais nacional, uma voz que é bem mais ouvida. Participamos em diferentes eventos de cariz nacional e que são espaços que convidam outras pessoas a uma participação que sai do nível de bairro, de comunidade, e participamos em discussões mais globais.
Também o facto de termos esta conferência, a Conferência de Empoderamento Económico, em que tivemos uma audiência de mais de cem pessoas, em que tivemos diferentes actores políticos – falo tanto da cooperação internacional, como de alguns membros do governo - mesmo que não se queiram presentar como tal - mas que foi visível e estavam lá.
Há este interesse visível, sim, e há uma outra coisa. Notámos que os outros movimentos também estão a começar a olhar esta abordagem económica como importante e como algo que realmente merece uma super atenção. Estamos a ter este resultado, estamos a influenciar pessoas a optarem por esta abordagem económica e estamos a mostrar aos outros que são decisores políticos que a abordagem económica é super importante e estamos a conseguir também interagir com algumas instituições que se apresentavam como instituições que diziam que não podiam se associar a este grupo alvo.
Houve eleições gerais em Moçambique. Até que ponto é que os candidatos incluíram as reivindicações do eleitorado LGBTQIA+? Foram suficientemente ouvidos?
A questão dos manifestos dos candidatos em relação à causa LGBT, parece-me que ainda é uma continuidade do que vimos em termos históricos, que é uma ambiguidade em termos de identificar-se ou de se prever a questão do público LGBT nos seus manifestos. O que notámos é um silêncio. Eu estava inclusive em dois eventos de debate com os candidatos e com os membros de partidos e, uma das vezes, alguém que estava na audiência de forma muito clara questionou e notámos que o candidato passou pela pergunta como se a pergunta não tivesse sido feita. Era “como é que olha para a questão das minorias sexuais? O que o seu manifesto prevê?”. E simplesmente o candidato não disse nada.
Também estivemos num outro debate que era com os representantes da camada jovem de cada partido, em que também uma pessoa questionou e também houve um total silêncio. Há um receio dos políticos em olhar com maior clareza para a questão das minorias no geral porque são assuntos que ainda são totalmente ambíguos. Há um receio de perda de eleitorado, mas também não sabem se vão ganhar, então preferem um silêncio.
Mas este é um silêncio que já vem desde há muito tempo. No geral, as pessoas podem ser LGBT desde que não digam, que não mostrem. Não haverá nenhuma violência física, não haverá nenhuma sanção, é simplesmente não demonstrar publicamente. Ninguém te vai criminalizar por isso, ninguém te vai violentar por isso, simplesmente não podes viver em espaços públicos e demonstrar em espaços públicos. Então, a ideia dos políticos também vem vincando esta perspectiva. Foi um total silêncio.
Mas também não é só por esta questão, eu acho que isso denuncia uma fraqueza dos próprios partidos em conhecerem temáticas específicas, em conhecerem o seu eleitorado no geral. Então, acho que não é só pelo tema, mas também pela fraqueza do perfil dos candidatos e dos próprios partidos em termos de investimento, em conhecer, de facto, a realidade do país e das pessoas que vão governar.
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