Gonçalo Byrne argumenta a transdisciplinaridade da arquitetura. Também esta conversa se define por transdisciplinar.

É com airosidade que afirma que "qualquer projeto é uma oportunidade de aprendizagem". Por isso, no meio desta abrangência, “Não é possível fazer escolhas…sem rejeitar”. Talvez a hora do nascer do sol  ilumine as escolhas.

Se dizemos, com poesia, que o lápis é parte da mão…porque não fará o computador, também, parte dela?

“O que o projeto desenha não é o que se habita”. Não habitamos paredes. Não habitamos janelas. É algo mais profundo...do campo da fenomenologia. Também aí está a arte na arquitetura,  quando esta desencadeia reações que nos fazem construir o nosso próprio mundo.

A grande questão atual está na emergência climática. Falamos das ambiciosas proposições lançadas pela New European Bauhaus, que fazem jus à dimensão do problema.  "O artifício evoluiu para a destruição da natureza. Agora, o grande desafio, é que o artifício tem de se reaproximar da natureza."

O PNAP (Política Nacional de Arquitetura e Paisagem) procura articular a sustentabilidade do ambiente, da disciplina da arquitetura, da profissão da arquitetura, do bem-estar da sociedade,  reconhecida no artigo 66.º da Constituição da República Portuguesa. "Todo e qualquer cidadão tem direito a uma habitação condigna".

Contra a precariedade na habitação. Contra a precariedade honorária.


Convidado:  Gonçalo Byrne
Moderação: Ana Catarina Silva, Estudante de Arquitetura