A exposição "Hergé" pode ser vista a partir de hoje até 15 de Janeiro no museu Grand Palais, em Paris, onde o percurso e vida do criador de Tintin.
O rosto de Tintin não mudou desde o dia em que nasceu ou melhor, desde o dia em que, o arranque de um carro em "Tintim no país dos Sovietes" lhe levantou a poupa que até esse dia andava cabisbaixa.
Para alguns, Tintin nasceu e já era adulto, outros afirmam que se manteve criança. Precoce, tardio pouco, importa porque o essencial é que, e como desejou Hergé, Tintin chega a todas as faixas etárias.
Tintin, uma personagem simétrica, cercado por caricaturas, acompanhado por um cão quase tão brilhante quanto o dono, de um marinheiro sem fé, sem lei, de um professor surdo, dois gémeos detectives e de uma cantora lírica inaudível que resolve mistérios quando atraí as chatices.
Do Congo à Europa de Leste ou ainda através da China, América, Tibete, o Saara - que ande na terra ou na lua - Tintin é para muitos uma atitude que o mundo persegue.
Fomos percorrer esta exposição com o humorista luso-descendente, Francisco E Cunha, que partilhou as viagens que fez através do imaginário de Hergé.