
Sign up to save your podcasts
Or
O objectivo da delegação são-tomense nos Jogos Paralímpicos de Paris é que o atleta Alex Anjos tente superar a marca dos 50.49 nos 400 metros T47, categoria para atletas com amputação nos membros superiores. "Os Jogos Paralímpicos são uma mostra mundial para que o desporto adaptado seja cada vez mais acessível a todos", defende o chefe da delegação paralímpica de São Tomé e Príncipe, Filipe Neto.
São Tomé e Príncipe participou pela primeira vez nos Jogos Paralímpicos em 2016 no Rio de Janeiro, com o atleta Alex dos Anjos, que volta a competir nos Jogos de Paris na prova de 400 metros T47?
Filipe Neto: É um bocado constrangedor ser uma representação tão pequena, mas é o que temos. Inicialmente tínhamos uma delegação que podia ter até oito pessoas, mas infelizmente a Marina, uma da nossa lançadora que estava também no nosso desejo de vir. Não pôde vir porque não teve classificação internacional e a sua vinda para Paris em 2024 não foi aprovada. Por isso trouxemos um só atleta, naturalmente que a quota da delegação caiu. Por isso é que viemos apenas quatro: um atleta, um treinador, um massagista e eu como chefe de missão.
Quais é são os objectivos desta participação nos Jogos paralímpicos de Paris?
Em primeiro lugar, o nosso objectivo é representar São Tomé e Príncipe com a maior dignidade possível. Nós já tivemos nos Jogos de Tóquio e aqui queremos que o resultado seja melhor, nem que seja bater o recorde nacional, que é de 50.49. Contamos que ele esteja à altura de fazer esse melhor tempo e fazer tudo o que estiver ao seu alcance para que a representação seja melhor do que nos jogos passados.
O atleta Alex dos Anjos pode dar um exemplo a outros atletas ao estar aqui a representar São Tomé e Príncipe nos Jogos Paralímpicos de Paris?
Sim, sim, é mesmo isso que nós queremos que os jovens entendam em São Tomé e Príncipe que uma pessoa com deficiência também pode mostrar o seu valor, o valor que tem no desporto, praticando com afinco, mostrando que realmente também pertence a uma sociedade que pode fazer algo por essa sociedade, sobretudo no desporto, onde se vê muitas pessoas que com deficiência. São pessoas corajosas, pessoas determinadas, pessoas que mostram que realmente têm capacidade para fazer algo de grande valor. Esperamos que a participação do Alex sirva de incentivo a jovens são-tomenses, para que eles também possam começar a praticar desporto, sobretudo os jovens com deficiências.
Esteve em Paris com a delegação olímpica há três semanas, aqui na Vila Olímpica, na altura, agora transformada em Vila Paralímpica. Que mudanças estruturais é que observou até ao momento?
Primeiro, na Vila Olímpica de há três semanas, tudo era totalmente diferente em termos da habitação porque agora a adaptação é feita para pessoas com deficiência e tem que ser totalmente adaptada. O cuidado tem que ser maior, tem que haver muito mais envolvimento das pessoas: o apoio para que as pessoas com deficiência também se sintam seguros para andar e e caminhar aqui na vila.
Há três semanas e nos Jogos Olímpicos estavam aqui mais de 10.000 atletas. Para os Jogos Paralímpicos há 4400 atletas a competir. O que é que explica esta diferença tão grande?
Em São Tomé e Príncipe lutamos para que as pessoas com deficiência pratiquem desporto. Por isso é que existe essa diferença tão grande. Na medida em que as pessoas vão compreendendo que, independentemente de ter uma limitação física, não implica que sejam excluídas e praticar desporto. Acho que no futuro vai haver mais atletas porque a participação está a crescer e vai crescer muito mais. Os atletas estão a ver que podem praticar desporto, podem representar o país e conhecer pessoas, pisar outros palcos.
Que mudanças são necessárias até lá?
Uma das grandes mudanças é no próprio Comité Paralímpico Internacional para que deixe de limitar as cotas de pessoas com deficiência e que permita deixar ao critério do país e da capacidade financeira do país levar a quantidade de pessoas que queira. Talvez, nessa altura, o número de atletas seja maior.
O número de de bolsas paralímpicas não é igual às bolsas olímpicas?
Não por acaso não é e esse é outro factor. Em São Tomé, embora sejamos um país pequeno, tivemos bolsa olímpica para oito pessoas e para o Comité Paralímpico não houve nenhum. Apesar de eles ajudarem, eles ajudam ao enviar alguma subvenção pequena para ajudar.
É um ponto a repensar?
Sim é um ponto a repensar se realmente eles quiserem porque ajudaria muito. Em São Tomé e Príncipe, por exemplo, os nossos atletas são trabalhadores, mas se tiverem bolsa não deixariam o trabalho, mas pensariam menos no trabalho porque já teriam um meio de subsistência.
O objectivo da delegação são-tomense nos Jogos Paralímpicos de Paris é que o atleta Alex Anjos tente superar a marca dos 50.49 nos 400 metros T47, categoria para atletas com amputação nos membros superiores. "Os Jogos Paralímpicos são uma mostra mundial para que o desporto adaptado seja cada vez mais acessível a todos", defende o chefe da delegação paralímpica de São Tomé e Príncipe, Filipe Neto.
São Tomé e Príncipe participou pela primeira vez nos Jogos Paralímpicos em 2016 no Rio de Janeiro, com o atleta Alex dos Anjos, que volta a competir nos Jogos de Paris na prova de 400 metros T47?
Filipe Neto: É um bocado constrangedor ser uma representação tão pequena, mas é o que temos. Inicialmente tínhamos uma delegação que podia ter até oito pessoas, mas infelizmente a Marina, uma da nossa lançadora que estava também no nosso desejo de vir. Não pôde vir porque não teve classificação internacional e a sua vinda para Paris em 2024 não foi aprovada. Por isso trouxemos um só atleta, naturalmente que a quota da delegação caiu. Por isso é que viemos apenas quatro: um atleta, um treinador, um massagista e eu como chefe de missão.
Quais é são os objectivos desta participação nos Jogos paralímpicos de Paris?
Em primeiro lugar, o nosso objectivo é representar São Tomé e Príncipe com a maior dignidade possível. Nós já tivemos nos Jogos de Tóquio e aqui queremos que o resultado seja melhor, nem que seja bater o recorde nacional, que é de 50.49. Contamos que ele esteja à altura de fazer esse melhor tempo e fazer tudo o que estiver ao seu alcance para que a representação seja melhor do que nos jogos passados.
O atleta Alex dos Anjos pode dar um exemplo a outros atletas ao estar aqui a representar São Tomé e Príncipe nos Jogos Paralímpicos de Paris?
Sim, sim, é mesmo isso que nós queremos que os jovens entendam em São Tomé e Príncipe que uma pessoa com deficiência também pode mostrar o seu valor, o valor que tem no desporto, praticando com afinco, mostrando que realmente também pertence a uma sociedade que pode fazer algo por essa sociedade, sobretudo no desporto, onde se vê muitas pessoas que com deficiência. São pessoas corajosas, pessoas determinadas, pessoas que mostram que realmente têm capacidade para fazer algo de grande valor. Esperamos que a participação do Alex sirva de incentivo a jovens são-tomenses, para que eles também possam começar a praticar desporto, sobretudo os jovens com deficiências.
Esteve em Paris com a delegação olímpica há três semanas, aqui na Vila Olímpica, na altura, agora transformada em Vila Paralímpica. Que mudanças estruturais é que observou até ao momento?
Primeiro, na Vila Olímpica de há três semanas, tudo era totalmente diferente em termos da habitação porque agora a adaptação é feita para pessoas com deficiência e tem que ser totalmente adaptada. O cuidado tem que ser maior, tem que haver muito mais envolvimento das pessoas: o apoio para que as pessoas com deficiência também se sintam seguros para andar e e caminhar aqui na vila.
Há três semanas e nos Jogos Olímpicos estavam aqui mais de 10.000 atletas. Para os Jogos Paralímpicos há 4400 atletas a competir. O que é que explica esta diferença tão grande?
Em São Tomé e Príncipe lutamos para que as pessoas com deficiência pratiquem desporto. Por isso é que existe essa diferença tão grande. Na medida em que as pessoas vão compreendendo que, independentemente de ter uma limitação física, não implica que sejam excluídas e praticar desporto. Acho que no futuro vai haver mais atletas porque a participação está a crescer e vai crescer muito mais. Os atletas estão a ver que podem praticar desporto, podem representar o país e conhecer pessoas, pisar outros palcos.
Que mudanças são necessárias até lá?
Uma das grandes mudanças é no próprio Comité Paralímpico Internacional para que deixe de limitar as cotas de pessoas com deficiência e que permita deixar ao critério do país e da capacidade financeira do país levar a quantidade de pessoas que queira. Talvez, nessa altura, o número de atletas seja maior.
O número de de bolsas paralímpicas não é igual às bolsas olímpicas?
Não por acaso não é e esse é outro factor. Em São Tomé, embora sejamos um país pequeno, tivemos bolsa olímpica para oito pessoas e para o Comité Paralímpico não houve nenhum. Apesar de eles ajudarem, eles ajudam ao enviar alguma subvenção pequena para ajudar.
É um ponto a repensar?
Sim é um ponto a repensar se realmente eles quiserem porque ajudaria muito. Em São Tomé e Príncipe, por exemplo, os nossos atletas são trabalhadores, mas se tiverem bolsa não deixariam o trabalho, mas pensariam menos no trabalho porque já teriam um meio de subsistência.
0 Listeners
0 Listeners
0 Listeners
0 Listeners
0 Listeners
0 Listeners
0 Listeners
0 Listeners
0 Listeners