Neste episódio, a segunda parte do tema da plataformização do trabalho. A discussão agora é sobre as saídas possíveis para as classes trabalhadoras diante desse fenômeno de radical exploração e precarização do trabalho. Podemos sintetizar as respostas do direito em quatro "soluções": (a) considerar as pessoas plataformizadas como agentes "autônomos", uma espécie de autônomos-autômatos desses dispositivos digitais, (b) reputá-as empregadas das corporações proprietárias das plataformas digitais, (c) advogar sua inclusão em um modelo intermediário de proteção, o do trabalho parassubordinado, solução do pessoal do muro, ou do deixa disso, e (d) a dos coletivos de trabalhadores tomando os meios de produção das suas mercadorias e constituindo suas plataformas solidárias pela via das cooperativas.
Naturalmente não é possível discutir tudo isso em cinco minutos. Se você se interessar mais pelas ideias defendidas neste podcast, dê uma olhada neste artigo do autor: https://www.justificando.com/2020/09/10/marx-a-mais-valia-eo-mito-da-subordinacao/.