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Os eleitores moçambicanos votam, esta quarta-feira, nas eleições gerais. Muitos madrugaram, outros sonharam com o voto, uns votam pela primeira vez e alguns agradecem ainda poderem votar. “Eu não quis perder isto por nada! Faça sol ou faça chuva! Com ou sem bebé às costas”, resumiu uma jovem mamã.
Ainda as mesas de voto não tinham aberto e já se faziam filas na Escola Secundária Josina Machel. Os eleitores fizeram questão de madrugar para ir exercer o seu direito de voto. Foi o caso de Vasco, de 57 anos, o primeiro a chegar às 4h30 da manhã, ainda a escola estava fechada. Duas horas e meia depois, Vasco leu um bom pedaço do livro que tem nas mãos.
Eu fui o primeiro a chegar. Cheguei às quatro e meia, ainda não estava ninguém, estava tudo fechado, depois apareceu a polícia e apareci eu! Estou aqui a ler para ver se o tempo passa rápido. Estas eleições representam uma viragem, estamos a sair de um determinado ciclo de governação para um novo. Teremos um novo Presidente, seja ele qual for, teremos uma assembleia totalmente diferente e nova. É uma viragem completamente grande.
Na linha da frente de uma das filas, está Jean Claude, de 22 anos, que vai votar pela primeira vez em eleições gerais, num país onde cerca de 80% da população tem menos de 35 anos.
Esta é a primeira vez que voto em eleições gerais. O voto é importante porque ajudará na definição dos próximos cinco anos de governação do nosso país. Espero que o candidato que for eleito seja um candidato que apoie os jovens, dê mais oportunidades e que os próximos cinco anos sejam anos que possam ajudar a defender uma geração inteira para que possamos desenvolver Moçambique.
A afluência à Escola Secundária Josina Machel foi-se acentuando durante a manhã, mas mais vale esperar sentada e foi o que fez Josina Nachaqui, 60 anos. Chegou às cinco da manhã e não pregou olho durante a noite porque só pensava em ir votar.
Quando dormia só sonhava em vir aqui votar ! Eu estou feliz hoje! Estou feliz por votar!
Com tantos eleitores, havia alguma descoordenação para se saber onde votar. De bebé de nove meses nas costas e uma menina de dois anos a passear por entre as dezenas de pessoas, Andreia Cossa, 34 anos, procurava a sua mesa de voto com um ar meio perdido, mas estava mais motivada que nunca. Nem a chuva, que acompanhou a abertura das urnas, fez Andreia esperar para ir votar.
Não quis perder esta oportunidade. Acho que é importante também para mostrar à nossa geração que a decisão do nosso país está nas nossas mãos. Então não quis perder isto por nada! Faça sol, faça chuva, com bebé nas costas ou não, estou aqui!
Também feliz estava a antiga primeira-dama, Graça Machel, que foi esposa do primeiro Presidente de Moçambique, Samora Machel, e que votou na Escola Secundária da Polana.
É um sentimento de dever cumprido. Faz parte da nossa escolha. Daquilo que nós queremos que seja o futuro, em particular dos nossos filhos, dos nossos netos e bisnetos. Por isso, eu estou feliz de ter vivido o suficiente para, mais uma vez, exercer este direito.
Para acompanhar estas eleições há 11.516 observadores nacionais e 412 observadores internacionais, incluindo Missões de Observação Eleitoral da União Europeia, da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, da União Africana e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, entre outras organizações.
Há, também organizações da sociedade civil, como o Conselho Nacional da Juventude que tem 500 observadores mobilizados em todo o país neste dia eleitoral. Um deles é Alexandre Mano, que encontrámos na Escola Secundária da Polana e falou em “afluência massiva às urnas”, maior do que nas eleições precedentes.
Também a observar na Escola Secundária da Polana está Sheila Massuque, da Comissão Nacional dos Direitos Humanos, que nos descreveu uma abertura das urnas "ordeira" .
Há mais de 184.500 membros de mesas de voto, distribuídos pelos 154 distritos do país e fora do país. Em Moçambique, no dia da votação, vão funcionar 8.737 locais de voto e no estrangeiro 334, correspondendo a 25.725 mesas de assembleia de voto em território nacional e 602 assembleias no exterior, cada uma com sete elementos.
Mais de 17 milhões de eleitores são chamados às urnas, incluindo acima de 300 mil recenseados no estrangeiro para escolher o Presidente da República, as assembleias provinciais e respectivos governadores, bem como 250 deputados da Assembleia da República. Na corrida à presidência, estão quatro candidatos: Daniel Chapo, apoiado pela Frelimo, no poder; Ossufo Momade, apoiado pela Renamo, principal partido de oposição; Lutero Simango, apoiado pelo MDM, terceira força parlamentar; e Venâncio Mondlane, apoiado pelo Podemos, sem representação parlamentar.
Os eleitores moçambicanos votam, esta quarta-feira, nas eleições gerais. Muitos madrugaram, outros sonharam com o voto, uns votam pela primeira vez e alguns agradecem ainda poderem votar. “Eu não quis perder isto por nada! Faça sol ou faça chuva! Com ou sem bebé às costas”, resumiu uma jovem mamã.
Ainda as mesas de voto não tinham aberto e já se faziam filas na Escola Secundária Josina Machel. Os eleitores fizeram questão de madrugar para ir exercer o seu direito de voto. Foi o caso de Vasco, de 57 anos, o primeiro a chegar às 4h30 da manhã, ainda a escola estava fechada. Duas horas e meia depois, Vasco leu um bom pedaço do livro que tem nas mãos.
Eu fui o primeiro a chegar. Cheguei às quatro e meia, ainda não estava ninguém, estava tudo fechado, depois apareceu a polícia e apareci eu! Estou aqui a ler para ver se o tempo passa rápido. Estas eleições representam uma viragem, estamos a sair de um determinado ciclo de governação para um novo. Teremos um novo Presidente, seja ele qual for, teremos uma assembleia totalmente diferente e nova. É uma viragem completamente grande.
Na linha da frente de uma das filas, está Jean Claude, de 22 anos, que vai votar pela primeira vez em eleições gerais, num país onde cerca de 80% da população tem menos de 35 anos.
Esta é a primeira vez que voto em eleições gerais. O voto é importante porque ajudará na definição dos próximos cinco anos de governação do nosso país. Espero que o candidato que for eleito seja um candidato que apoie os jovens, dê mais oportunidades e que os próximos cinco anos sejam anos que possam ajudar a defender uma geração inteira para que possamos desenvolver Moçambique.
A afluência à Escola Secundária Josina Machel foi-se acentuando durante a manhã, mas mais vale esperar sentada e foi o que fez Josina Nachaqui, 60 anos. Chegou às cinco da manhã e não pregou olho durante a noite porque só pensava em ir votar.
Quando dormia só sonhava em vir aqui votar ! Eu estou feliz hoje! Estou feliz por votar!
Com tantos eleitores, havia alguma descoordenação para se saber onde votar. De bebé de nove meses nas costas e uma menina de dois anos a passear por entre as dezenas de pessoas, Andreia Cossa, 34 anos, procurava a sua mesa de voto com um ar meio perdido, mas estava mais motivada que nunca. Nem a chuva, que acompanhou a abertura das urnas, fez Andreia esperar para ir votar.
Não quis perder esta oportunidade. Acho que é importante também para mostrar à nossa geração que a decisão do nosso país está nas nossas mãos. Então não quis perder isto por nada! Faça sol, faça chuva, com bebé nas costas ou não, estou aqui!
Também feliz estava a antiga primeira-dama, Graça Machel, que foi esposa do primeiro Presidente de Moçambique, Samora Machel, e que votou na Escola Secundária da Polana.
É um sentimento de dever cumprido. Faz parte da nossa escolha. Daquilo que nós queremos que seja o futuro, em particular dos nossos filhos, dos nossos netos e bisnetos. Por isso, eu estou feliz de ter vivido o suficiente para, mais uma vez, exercer este direito.
Para acompanhar estas eleições há 11.516 observadores nacionais e 412 observadores internacionais, incluindo Missões de Observação Eleitoral da União Europeia, da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, da União Africana e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, entre outras organizações.
Há, também organizações da sociedade civil, como o Conselho Nacional da Juventude que tem 500 observadores mobilizados em todo o país neste dia eleitoral. Um deles é Alexandre Mano, que encontrámos na Escola Secundária da Polana e falou em “afluência massiva às urnas”, maior do que nas eleições precedentes.
Também a observar na Escola Secundária da Polana está Sheila Massuque, da Comissão Nacional dos Direitos Humanos, que nos descreveu uma abertura das urnas "ordeira" .
Há mais de 184.500 membros de mesas de voto, distribuídos pelos 154 distritos do país e fora do país. Em Moçambique, no dia da votação, vão funcionar 8.737 locais de voto e no estrangeiro 334, correspondendo a 25.725 mesas de assembleia de voto em território nacional e 602 assembleias no exterior, cada uma com sete elementos.
Mais de 17 milhões de eleitores são chamados às urnas, incluindo acima de 300 mil recenseados no estrangeiro para escolher o Presidente da República, as assembleias provinciais e respectivos governadores, bem como 250 deputados da Assembleia da República. Na corrida à presidência, estão quatro candidatos: Daniel Chapo, apoiado pela Frelimo, no poder; Ossufo Momade, apoiado pela Renamo, principal partido de oposição; Lutero Simango, apoiado pelo MDM, terceira força parlamentar; e Venâncio Mondlane, apoiado pelo Podemos, sem representação parlamentar.
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