Share O Estranho Familiar, com Vera Iaconelli
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By Casa do Saber
The podcast currently has 12 episodes available.
A jornalista Maju Coutinho tem uma família matriarcal como referencial. "Essas figuras maternas, de mulheres fortes, são a marca da família. Enquanto havia um movimento feminista de mulheres brancas de classe média e classe média alta lutando por um espaço no mercado de trabalho, já havia mulheres negras na luta, que já eram as chefes da família e que traziam o dinheiro para casa. Eu sou muito desse modelo de família."
Neste episódio, Vera Iaconelli recebe a filha da Zilma e do João, a esposa do Agostinho. Maju Coutinho também é apresentadora do Fantástico, da TV Globo.
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A urgência que a escritora Andrea del Fuego sentiu para produzir seu primeiro romance, Os Malaquias, surgiu a partir da morte da sua avó materna. "Eu comecei a escrever em pleno luto. Eu me lembro do choque de ver o cadáver – um monolito sem palavras. Essa diferença entre corpo e existência. Eu lembro de fazer um passeio pela região onde ela morava e, quando estava bem em cima da serra, olhei aquilo tudo embaixo e decidi escrever. Eu fui tomada, mesmo. Aquela coisa é tão grande, empurrando a língua para dizer, que fica impossível. Você pode fugir daquilo, porque não é gostosa essa angústia. Mas é um desperdício jogar isso fora."
Neste episódio, Vera Iaconelli recebe a bisneta da Donana e do Adolfo. A neta do Nico e sobrinha-neta da Júlia e do Antônio. A esposa do André e mãe do Francisco. Andrea del Fuego é também autora de nove livros, como A Pediatra, As Miniaturas e Os Malaquias.
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A ideia de família do escritor Jeferson Tenório mudou durante seu doutorado, quando pesquisou sobre a representação paterna nas literaturas luso-africanas. Naquele momento, ele teve contato com outras configurações de família, nas quais havia uma coletividade no cuidado das crianças, e que se assemelhavam à forma como ele cresceu. "Eu tenho um núcleo familiar que é minha mãe e minha irmã. O meu pai biológico foi embora quando eu tinha um ano e eu só fui reencontrá-lo com 43 anos. Nesse tempo todo, houve uma busca por esse pai. Aos 33 anos, eu fui pai – e essa busca cessou."
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A escritora Tati Bernardi cresceu no bairro do Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo, em casas sem livros e cheias de televisões. "Eu sinto muito um não-lugar para mim, porque eu saio de uma família que não é culta para um meio de pessoas mais intelectualizadas. Eu não pertenço mais ao Tatuapé quando eu volto para lá e, quando estou nesses grupos, não sinto que pertenço a eles. Mas eu também acho que esse não-lugar me deu um lugar no que eu escrevo."
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A vida familiar do pastor Ed René Kivitz com a esposa e os filhos começou a partir de uma "estrutura patriarcal e machista". Mas um acontecimento com os filhos o fez rever sua posição dentro de casa. "Aquilo me deu uma culpa, uma vergonha, mas foi o que me chacoalhou para eu resgatar minha paternidade, minha identidade na família e enxergar a solidão da minha esposa no cuidado deles. E isso foi construído de maneira muito consciente, dolorida, ressignificada e reconciliada."
A história familiar do médico dermatologista Thales Bretas é atravessada pelo luto do irmão, Thierres, e do marido, o ator Paulo Gustavo. Mas é também marcada pela beleza da memória, por uma família que se une a partir da perda e pela aposta na vida que fica. "Mesmo sendo um cara que sempre teve muitas inseguranças, eu não tenho medo de viver. Eu aprendi isso com o meu irmão e com o Paulo. A gente vivia uma vida sem medo de ser feliz. E é isso que eu quero hoje para mim e para os meus filhos."
Neste episódio, Vera Iaconelli recebe o filho da Solange e do Tancredo. O irmão da Tamara, do Thierres e tio do Santi. O pai do Gael e do Romeu. O Thales também é mestre em Ciências Médicas e influenciador digital.
O ideal de família que comove e interessa a escritora Amara Moira não cabe em um núcleo consanguíneo ou jurídico. "Quando eu gosto de pensar em família, eu gosto de pensar em um modelo de coletividade: um bairro, um vilarejo, uma chácara afastada em que moram várias pessoas juntas. As crianças são uma responsabilidade coletiva." Para ela, família é um vínculo de afeto, no qual não existe hierarquia entre amor e amizade.
O referencial familiar da apresentadora Rita Batista é o das famílias que dão certo – no amor, nas trocas afetivas e na construção de cidadãos que funcionam em sociedade e sabem de seus direitos e deveres. "Não só essa família que vem da genética, da linhagem, mas a família que a gente vai construindo ao longo da vida, com amigos que são como se fossem irmãos", conta.
Neste episódio, Vera Iaconelli recebe a neta da Dona Rosinha, filha da Joana Angélica e a mãe do Martim. Rita também é jornalista e apresenta o É de Casa, na TV Globo, e o Saia Justa, no GNT.
O psicanalista Christian Dunker nasceu do encontro de famílias pequenas, que saíram da Alemanha rumo ao Brasil por um mesmo motivo: a guerra. Em outra ponta, a avó materna – brasileira, descendente de indígenas e portugueses – foi concebida a partir de um estupro e entregue a um orfanato. "A gente sempre se entendeu como uma família sobrevivente. Um dos mitos familiares era que eu precisava fazer alguma coisa na vida porque era o último Dunker", conta.
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Na infância, a jornalista, escritora e professora Bianca Santana achava que a família dela era "desajustada e errada". A casa onde ela cresceu não era formada por mãe, pai e filhos – e, sim, pela avó, o tio e a mãe. Mas ela adorava isso: “A minha sensação é de que as pessoas viviam em um mundo – e que eu conhecia vários."
Neste episódio, Vera Iaconelli recebe a neta da Polu, a filha da Maria e do Félix. A mãe da Cecília, do Lucas e do Pedro. Ela também é doutora em ciência da informação e mestre em educação pela USP, professora na FAAP e autora de livros como "Quando me descobri negra", "Diálogos feministas, antirracistas (e nada fáceis) com as crianças" e "Continuo preta: a vida de Sueli Carneiro".
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