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A sustentabilidade esteve no centro das preocupações da organização dos Jogos Olímpicos 2024 em Paris, mas nem assim ficou livre de críticas. Um dos pontos emblemáticos de investimento neste evento foi a despoluição do rio Sena, com um dos autarcas de Paris a defender que os mergulhos neste curso de água são mesmo possíveis.
A candidatura de Paris como cidade organizadora dos Jogos Olímpicos tinha uma grande componente de sustentabilidade e luta contra as alterações climáticas. Nesse sentido, Paris quis banir durante a competição o uso do plástico de utilização única, como explicou Antoine Guillou, vereador da câmara de Paris responsável pela redução de lixo e reciclagem em declarações à RFI.
"A nossa ambição era limitar o mais possível o plástico de utilização única, porque isso tem um impacto ambiental muito maior em termos de resíduos. Mas o que também é digno de nota é que os edifícios da Aldeia Olímpica, por exemplo, onde se conseguiu reduzir a pegada de carbono para metade em comparação com os padrões normais de construção. Por isso, estamos realmente a dar o exemplo em termos de construção, sendo a reutilização de materiais extremamente importante. Portanto, de facto, é a prova de que podemos construir de forma diferente hoje em dia. E isso é interessante, penso eu, para todo o mundo", declarou.
Uma parte do orçamento atribuído a Paris para os Jogos Olímpicos serviu para levar a cabo projectos há muito ambicionados como a requalificação adiada de alguns bairros mais degradados, mas sobretudo a limpeza do rio Sena, até agora orçada em 1,4 mil milhões de euros.
"Muitos projectos foram significativamente acelerados pelos Jogos Olímpicos. Entre eles, a requalificação de certos bairros, como Porte de la Chapelle, que era um dos bairros mais desfavorecidos de Paris e que foi completamente transformado, inclusive em termos de vegetação, por exemplo. Isto foi claramente acelerado pelos Jogos Olímpicos. Podemos também falar do Sena, um rio que está poluído há décadas em Paris e na região da Ile-de-France porque lhe virámos gradualmente as costas. Era sobretudo um local de actividades de logística e de actividades industriais. Mas pensamos nele agora mais como um ambiente natural e, graças aos Jogos Olímpicos, conseguimos reunir todos à volta da mesa e fazer os investimentos necessários para que o rio ficasse suficientemente limpo para que as pessoas pudessem nadar nele. E vamos continuar a fazê-lo nos próximos anos. Este é um exemplo claro. Graças aos Jogos Olímpicos, ganhámos dez anos em termos de limpeza do Sena", indicou.
Os Jogos Olímpicos vieram acelerar também a crise do alojamento em Paris, onde é cada vez mais difícil encontrar casas disponíveis para alugar que não seja por curtos períodos como em plataformas como o AirBnb, empresa que patrocinava mesmo os Jogos Olímpicos. O alojamento de qualidade, unido às mudanças climáticas estão no topo das prioridades de Barbara Gomes, conselheira de Paris, como referiu em entrevista à RFI.
"O nosso objectivo é que Paris seja uma cidade diversa com todas as classes sociais, portanto as casas que foram construídas para os Jogos Olímpicos são em prioridade para as pessoas com rendimentos modestos, mas também classe média como enfermeiros ou professores, e também para os estudante porque temos muitos estudantes e eles precisam de rendas mais baixas", concluiu esta conselheira de Paris.
By RFI PortuguêsA sustentabilidade esteve no centro das preocupações da organização dos Jogos Olímpicos 2024 em Paris, mas nem assim ficou livre de críticas. Um dos pontos emblemáticos de investimento neste evento foi a despoluição do rio Sena, com um dos autarcas de Paris a defender que os mergulhos neste curso de água são mesmo possíveis.
A candidatura de Paris como cidade organizadora dos Jogos Olímpicos tinha uma grande componente de sustentabilidade e luta contra as alterações climáticas. Nesse sentido, Paris quis banir durante a competição o uso do plástico de utilização única, como explicou Antoine Guillou, vereador da câmara de Paris responsável pela redução de lixo e reciclagem em declarações à RFI.
"A nossa ambição era limitar o mais possível o plástico de utilização única, porque isso tem um impacto ambiental muito maior em termos de resíduos. Mas o que também é digno de nota é que os edifícios da Aldeia Olímpica, por exemplo, onde se conseguiu reduzir a pegada de carbono para metade em comparação com os padrões normais de construção. Por isso, estamos realmente a dar o exemplo em termos de construção, sendo a reutilização de materiais extremamente importante. Portanto, de facto, é a prova de que podemos construir de forma diferente hoje em dia. E isso é interessante, penso eu, para todo o mundo", declarou.
Uma parte do orçamento atribuído a Paris para os Jogos Olímpicos serviu para levar a cabo projectos há muito ambicionados como a requalificação adiada de alguns bairros mais degradados, mas sobretudo a limpeza do rio Sena, até agora orçada em 1,4 mil milhões de euros.
"Muitos projectos foram significativamente acelerados pelos Jogos Olímpicos. Entre eles, a requalificação de certos bairros, como Porte de la Chapelle, que era um dos bairros mais desfavorecidos de Paris e que foi completamente transformado, inclusive em termos de vegetação, por exemplo. Isto foi claramente acelerado pelos Jogos Olímpicos. Podemos também falar do Sena, um rio que está poluído há décadas em Paris e na região da Ile-de-France porque lhe virámos gradualmente as costas. Era sobretudo um local de actividades de logística e de actividades industriais. Mas pensamos nele agora mais como um ambiente natural e, graças aos Jogos Olímpicos, conseguimos reunir todos à volta da mesa e fazer os investimentos necessários para que o rio ficasse suficientemente limpo para que as pessoas pudessem nadar nele. E vamos continuar a fazê-lo nos próximos anos. Este é um exemplo claro. Graças aos Jogos Olímpicos, ganhámos dez anos em termos de limpeza do Sena", indicou.
Os Jogos Olímpicos vieram acelerar também a crise do alojamento em Paris, onde é cada vez mais difícil encontrar casas disponíveis para alugar que não seja por curtos períodos como em plataformas como o AirBnb, empresa que patrocinava mesmo os Jogos Olímpicos. O alojamento de qualidade, unido às mudanças climáticas estão no topo das prioridades de Barbara Gomes, conselheira de Paris, como referiu em entrevista à RFI.
"O nosso objectivo é que Paris seja uma cidade diversa com todas as classes sociais, portanto as casas que foram construídas para os Jogos Olímpicos são em prioridade para as pessoas com rendimentos modestos, mas também classe média como enfermeiros ou professores, e também para os estudante porque temos muitos estudantes e eles precisam de rendas mais baixas", concluiu esta conselheira de Paris.

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