Professor Pasquale esclarece dúvida de ouvinte e explica que nos dicionários brasileiros, a recomendação é utilizar o hífen.

Um ouvinte pergunta se expressões como 'zero chances' ou 'zero possibilidades' estão corretas. Professor Pasquale explica que, na língua portuguesa, o padrão é a concordância no singular, como em 'zero hora' ou 'zero grau'. Pasquale destaca, no entanto, que em outras línguas latinas, como o espanhol e o italiano, ocorre exatamente o inverso e a concordância deve ser feita no plural.

No contexto da guerra entre Rússia e Ucrânia, um ouvinte pergunta ao Pasquale sobre a grafia do tão sonhado 'cessar-fogo'. O professor explica que trata-se de um substantivo composto (verbo + substantivo): 'cria-se aquilo que chamamos de unidade semântica e, por isso, existe o hífen'. No plural, 'cessar-fogos'.

Pasquale Cipro Neto analisa títulos de reportagens que trazem uma estrutura 'medonha' para a Língua Portuguesa, como o próprio professor define. O caso destacado é: 'De olho na Recopa, time reserva do Palmeiras fica no 0x0 contra a Inter'. 'Quem está de olho na Recopa? O time reserva?', questiona Pasquale. 'Em língua, a ordem dos fatores altera o produto', alerta o professor.

Nesta sexta-feira, a aglomeração nas ondas do rádio do Estúdio CBN convida o doutor em Relações Internacionais e professor na FAAP, Carlos Gustavo Poggio, para se juntar ao time de comentaristas e responder questões sobre a guerra na no Leste europeu. 'Ucrânia é o pano de fundo de uma disputa geopolítica muito maior, que passa por Rússia e China querendo rediscutir a ordem internacional', contextualiza o especialista.

Professor Pasquale responde à dúvida de um ouvinte sobre o emprego dobrado da letra 'i' em 'sumariissimamente'. O comentarista pontua que, de modo geral, quando o adjetivo termina em 'io', o superlativo deve ser grafado com o 'ii'. Porém, em alguns casos, admite-se a possibilidade de haver um 'i' só. É o caso da palavra 'sumário', que gera um advérbio onde as duas formas são aceitas.

Professor Pasquale responde à dúvida de um ouvinte sobre o uso dos porquês: 'porque', 'por que', 'porquê' e 'por quê'. Como auxílios luxuosos, ele usa as canções 'Quase sem querer', 'Gostava tanto de você', 'Porque você não estava aqui' e 'Nossa canção', interpretadas por Dinho Ouro Preto, Leila Pinheiro, Biquini Cavadão e Vanessa da Mata.

De acordo com o professor Pasquale, todos estes termos que contêm a partícula 'cor' estão relacionados à palavra 'coração', que pode ser entendida como uma maneira de representar a essência humana. O professor fala ainda sobre os palíndromos: palavras ou frases que podem ser lidos da direita para a esquerda e vice-versa. Ele explica que quando o fenômeno ocorre com números, é chamado de capicua.

Professor Pasquale esclarece a dúvida de um ouvinte que pergunta qual forma está correta: 'temos até amanhã para efetuar' ou 'temos até amanhã para efetuarmos'? Pasquale explica que as duas formas são aceitas, apesar de o uso no singular ser mais comum. Ele afirma, ainda, que o uso do plural, nesse caso, serve para enfatizar o agente do processo.

Na aglomeração desta sexta-feira no Estúdio CBN, Pasquale Cipro Neto, João Marcello Bôscoli, Carlos Eduardo Eboli, Gabriel Dudziak e Camila Carelli conversam sobre a Seleção Brasileira feminina, que empatou com a Holanda por 1 a 1 na estreia do Torneio da França; o vindouro aniversário de 'um dos maiores letristas brasileiros de sempre', José Carlos Capinan; e as últimas notícias dos campeonatos estaduais, com foco na 'novela lusitana' entre Botafogo e Corinthians e na Supercopa do Brasil entre Atlético-MG e Flamengo neste domingo.