"Bouteflika, candidato apesar de tudo" titula o vespertino Le Monde, candidatura à revelia das manifestações massivas e do seu estado de saúde, o Presidente cessante entregou ontem, por procuração, a candidatura às presidenciais.

O Le Monde foi ouvir uma juventude indignada. "Não sabemos se Bouteflika está vivo ou morto. Não sabemos quem escreve os comunicados. Não o ouvimos falar há vários anos", contesta Houari, de 20 anos. Estes são alguns argumentos que levaram milhões de pessoas para as ruas.

"Senhor Bouteflika, pouco e tarde" escreve em editorial, o vespertino Le Monde. "Tudo leva a crer que, paralisado há vinte anos o regime não sabe como substituir o senhor Bouteflika e procura salvar a todo o custo este lugar enquanto organiza um processo de transição do seu agrado, perfeitamente controlado", ironiza o editorialista.

O conservador Le Figaro descreve a postura da França "vigilante quanto à incerteza na Argélia".

"Europeias: Macron na primeira frente", o chefe de Estado afirmou este domingo em entrevista à Rai Uno que o debate europeu "não pode estar dividido entre uma abertura cega e o regresso do nacionalismo". Macron publica amanhã um comunicado, na imprensa europeia, com um "apelo" para lançar a campanha do seu partido "A República em Marcha" com vista ao escrutínio de 26 de Maio.