Santo Agostinho de Hipona (354 - 430 d.C), nascido na atual Argélia, foi um influente filósofo, teólogo e bispo da Igreja Católica.

Sua juventude foi marcada por uma busca intensa por prazeres mundanos e questionamentos filosóficos. Após uma vida de inquietação espiritual, converteu-se ao cristianismo aos 32 anos, influenciado pela leitura das Epístolas de São Paulo e pelo encontro com o Bispo Ambrósio de Milão. Mais tarde, tornou-se bispo de Hipona, onde dedicou seus esforços à escrita, ao ensino e ao pastoreio.

Na esfera da teologia e do pensamento cristão, Santo Agostinho é uma figura seminal. Sua vasta produção teológica e filosófica moldou profundamente a doutrina da Igreja Católica e influenciou correntes do pensamento cristão ocidental. Sua obra "Confissões" é um marco na literatura autobiográfica e espiritual, enquanto "A Cidade de Deus" aborda temas como a natureza do bem e do mal, a relação entre fé e razão, e a soberania de Deus sobre o destino humano, enfrentando desafios intelectuais e teológicos de seu tempo.

Os ensinamentos de Agostinho abrangem uma variedade de temas. Ele enfatizou a graça divina como essencial para a salvação humana, contrastando com a ênfase anterior na capacidade humana de alcançar a salvação. Sua visão do tempo como uma dimensão da existência humana e sua noção de interioridade, onde a busca pela verdade e pelo sentido da vida ocorre no íntimo de cada pessoa, são conceitos-chave em sua filosofia. Agostinho também discutiu amplamente a relação entre fé e razão, defendendo que ambas são complementares na busca pela compreensão de Deus e do mundo. Sua ênfase na necessidade de uma vida moralmente virtuosa e no amor como o caminho para Deus permanece como legado relevante até os dias atuais.

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“Deus não espera que submetamos nossa fé a ele sem razão, mas os próprios limites da nossa razão tornam a fé uma necessidade”.

Santo Agostinho.

“A probabilidade de um homem finito compreender o Deus infinito é a mesma que uma criança tem de despejar o oceano num buraco que ela fez na areia”.

Santo Agostinho.

“Na procura de Deus é Ele quem se adianta e vem ao nosso encontro.

Que és, portanto, ó meu Deus?

Que és, repito, senão o Senhor Deus?

Ó Deus sumo, excelente, poderosíssimo, onipotentíssimo, misericordiosíssimo e justíssimo. Tão oculto e tão presente, formosíssimo e fortíssimo, estável e incompreensível; imutável, mudando todas as coisas; nunca novo e nunca velho; renovador de todas as coisas, conduzindo à ruína os soberbos sem que eles o saibam; sempre agindo e sempre repouso; sempre sustentando, enchendo e protegendo; sempre criando, nutrindo e aperfeiçoando, sempre buscando, ainda que nada te falte”.

Santo Agostinho.

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