Trechos do texto “Sutta Nipata” e “Mangala Sutta”.Shakyamuni Buda (563 - 483 a.C.) foi Sidarta Gautama, integrante de uma rica família da Índia, com uma vida repleta de luxo e segurança até seus 29 anos, quando teve seu primeiro contato com a miséria, a doença e o sofrimento humano, então, Sidarta teria dito algo como:“Se o destino final do homem é o sofrimento e a morte, minha vida não faz sentido”. Então, decidiu mudar radicalmente sua vida. Saiu de seu palácio e passou a buscar explicações e soluções para o sofrimento.Através da meditação, ele encontrou a explicação para todas as suas dúvidas e, assim, entendeu o que é a vida. As escrituras dizem que Sidarta apenas permaneceu imóvel diante as investidas de Mara (a ilusão), e então, alcançou a iluminação.Na meditação busca-se cessar a atividade mental ininterrupta, na qual pensamentos e fantasias bloqueiam a experiência direta e intuitiva.Na maior parte do tempo alimentamos pensamentos que podem nos deixar ansiosos, frustrados, com mágoa, raiva, ressentimento ou medo.Tragada por esse vórtice de sensações, nossa atenção perde o foco. É por isso que, muitas vezes, comemos sem sentir o sabor, e olhamos uma pessoa sem vê-la de fato.Por quase meio século, Buda viveu cercado de multidões às quais receitava antídotos para essa dispersão, como a chamada “atenção plena”, prática que consiste em dispensar o máximo de atenção a tudo o que se faz, e que está na base de várias técnicas meditativas.