Jack Kornfield (nascido em 1945), é Ph.D. em Psicologia Clínica, escritor e professor do movimento Vipassana no Budismo Theravada americano.

Kornfield é descendente de judeus e tem quatro irmãos, seu pai era um cientista, o que o levou a se interessar por cura, medicina e ciência.

Depois de se formar na universidade de Dartmouth College em 1967, Kornfield foi para a Tailândia, onde trabalhou em equipes de medicina tropical no vale do rio Mekong, e lá conheceu e se tornou um monge discípulo do mestre da floresta Ajahn Chah.

Em 1972 Kornfield retornou aos Estados Unidos e após algum tempo fundou a Insight Meditation Society e Spirit Rock Meditation Center, os dois dos maiores centros budistas dos Estados Unidos.

Jack treinou muitos dos professores de Vipassana na América e organizou e liderou reuniões para professores budistas em todo o mundo.

Sendo um dos responsáveis por introduzir a atenção plena no Ocidente, Jack trabalhou para tornar o budismo acessível aos ocidentais, combinando bondade amorosa e autocompaixão com a prática da atenção plena, incorporando a sabedoria da psicologia oriental e ocidental.

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“Há uma história nos textos budistas sobre um macaco vivendo livre e feliz em uma floresta nas altas montanhas. Um dia ele ficou curioso para saber como eram as planícies e desceu para explorar. Alguns caçadores prepararam uma armadilha com piche e o macaco, sem saber o que era, enfiou a mão, e ficou preso. Incapaz de se libertar, o macaco estendeu a outra mão para puxar a primeira, e então, ambas foram pegas. Então ele tentou empurrar com um pé, que ficou preso, e depois com o outro. Finalmente, para libertar as mãos e os pés, enfiou a cabeça no piche e ficou totalmente preso.

É assim que estamos com os nossos vícios. Algo nos dá prazer e nós o agarramos. Quando isso muda, sentimos falta e procuramos outra fonte de satisfação momentânea. Sempre buscamos outra fonte de prazer. Depois outra e outra, até ficarmos totalmente enredados pelo estado mental de apego e desejo. Ficamos firmemente presos pela força do nosso próprio desejo. Tornamo-nos viciados, não apenas na satisfação dos nossos desejos, mas também no próprio hábito mental de desejar. É possível, porém, relacionarmo-nos com o desejo de uma forma totalmente diferente, através de uma liberdade muito maior. É possível desenvolvermos a moderação, ou a contenção mental, que é a disciplina gentil de se acomodar e permitir que os desejos surjam e passem, sem sentir a necessidade ou a compulsão de agir de acordo com eles”.

Jack Kornfield.

Música: CO.AG - Black Moon

(   • Black Moon  Haunting Atmospheric  Sou...  )

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