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O ensino de Arquitetura e Urbanismo, assim como todas as outras áreas do saber, sofreu um grande impacto com a pandemia. Obrigados a ficar em casa, alunos e professores se viram em um tremendo desafio imposto pelo distanciamento físico: como manter a qualidade da prática do ensino?
A maioria das faculdades federais suspenderam as atividades presenciais, mas disponibilizaram seu espaço institucional e parte do corpo docente e de pesquisadores para o enfrentamento da pandemia. Atividades de pesquisa e orientações foram adaptadas para o ambiente remoto e outras atividades complementares foram programadas, de forma a oferecer alternativas à paralisação abrupta da educação presencial. Os cursos que se dispuseram a dar continuidade ao calendário letivo tradicional tiveram que migrar conteúdos e flexibilizar convicções para se adequarem ao ambiente virtual de aprendizagem em um brevíssimo espaço de tempo.
Já os cursos particulares, na necessidade de continuar a oferecer os serviços a que foram contratados, apostaram no ensino 100% à distância, apoiados nas decisões do Ministério da Educação, que reconheceu o momento de exceção. Muitas instituições particulares já ofereciam parte do currículo na modalidade EaD, o que facilitou a transição em termos de organização de conteúdo em plataformas e dinâmicas de interação entre aluno e professor. Mas não sem prejuízo para o corpo docente, em especial, que teve uma ampliação de carga horária imediata sem garantias de remuneração e sob o risco de demissões em massa pela evasão de alunos e queda de arrecadação de seus empregadores.
Várias entidades, como o IAB-BR, ABEA, FeNEA e o próprio CAU-BR, já faziam ressalvas à adoção do EaD para o ensino de arquitetura e urbanismo antes da chegada da pandemia, por diversos motivos relacionados à natureza disciplinar do curso e aos diferentes alcances que a abordagem pedagógica presencial consegue oferecer. Além disso, as desigualdades sociais e econômicas, já tão agudas, ficam ainda mais evidentes na medida em que aprender remotamente só é uma opção viável para quem dispõe de um lugar adequado para acompanhar as aulas, equipamentos atualizados e muitos dados de internet. Mas a indeterminação quanto ao tempo de duração do isolamento forçou tomadas de decisão e acelerou processos que só poderão ser avaliados no futuro.
O cast desta quinzena traz a experiência e as angústias de três arquitetos que, em diferentes papéis, participam do contexto acadêmico e precisam, no seu dia-a-dia, assumir posturas e adaptar rotinas na busca de compreender o que é possível ser feito pelo ensino de arquitetura neste contexto excepcional e quais aprendizagens esta pausa nos revela sobre a maneira como estávamos ensinando e aprendendo antes da pandemia. Mariana Wilderom (IAB-SP), Carlos Eduardo Nunes-Ferreira (ABEA) e Pedro Fiori Arantes (UNIFESP) são nossos convidados nesta importante conversa, sugerindo boas perguntas para este necessário momento de questionamento sobre a educação do arquiteto e urbanista. Até a próxima!
Apoio:
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Referências e Comentados no episódio:
Siga nosso canal no YouTube
Acesse o site do evento: https://www.uia2020rio.archi/
Em breve mais notícias da parceria Arquicast+ UIA2020!
Comentários, críticas, sugestões ou só um alô mamãe para [email protected]
Assine o feed: iTunes | Android | Feed
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O ensino de Arquitetura e Urbanismo, assim como todas as outras áreas do saber, sofreu um grande impacto com a pandemia. Obrigados a ficar em casa, alunos e professores se viram em um tremendo desafio imposto pelo distanciamento físico: como manter a qualidade da prática do ensino?
A maioria das faculdades federais suspenderam as atividades presenciais, mas disponibilizaram seu espaço institucional e parte do corpo docente e de pesquisadores para o enfrentamento da pandemia. Atividades de pesquisa e orientações foram adaptadas para o ambiente remoto e outras atividades complementares foram programadas, de forma a oferecer alternativas à paralisação abrupta da educação presencial. Os cursos que se dispuseram a dar continuidade ao calendário letivo tradicional tiveram que migrar conteúdos e flexibilizar convicções para se adequarem ao ambiente virtual de aprendizagem em um brevíssimo espaço de tempo.
Já os cursos particulares, na necessidade de continuar a oferecer os serviços a que foram contratados, apostaram no ensino 100% à distância, apoiados nas decisões do Ministério da Educação, que reconheceu o momento de exceção. Muitas instituições particulares já ofereciam parte do currículo na modalidade EaD, o que facilitou a transição em termos de organização de conteúdo em plataformas e dinâmicas de interação entre aluno e professor. Mas não sem prejuízo para o corpo docente, em especial, que teve uma ampliação de carga horária imediata sem garantias de remuneração e sob o risco de demissões em massa pela evasão de alunos e queda de arrecadação de seus empregadores.
Várias entidades, como o IAB-BR, ABEA, FeNEA e o próprio CAU-BR, já faziam ressalvas à adoção do EaD para o ensino de arquitetura e urbanismo antes da chegada da pandemia, por diversos motivos relacionados à natureza disciplinar do curso e aos diferentes alcances que a abordagem pedagógica presencial consegue oferecer. Além disso, as desigualdades sociais e econômicas, já tão agudas, ficam ainda mais evidentes na medida em que aprender remotamente só é uma opção viável para quem dispõe de um lugar adequado para acompanhar as aulas, equipamentos atualizados e muitos dados de internet. Mas a indeterminação quanto ao tempo de duração do isolamento forçou tomadas de decisão e acelerou processos que só poderão ser avaliados no futuro.
O cast desta quinzena traz a experiência e as angústias de três arquitetos que, em diferentes papéis, participam do contexto acadêmico e precisam, no seu dia-a-dia, assumir posturas e adaptar rotinas na busca de compreender o que é possível ser feito pelo ensino de arquitetura neste contexto excepcional e quais aprendizagens esta pausa nos revela sobre a maneira como estávamos ensinando e aprendendo antes da pandemia. Mariana Wilderom (IAB-SP), Carlos Eduardo Nunes-Ferreira (ABEA) e Pedro Fiori Arantes (UNIFESP) são nossos convidados nesta importante conversa, sugerindo boas perguntas para este necessário momento de questionamento sobre a educação do arquiteto e urbanista. Até a próxima!
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