A cultura dos Hackatons e a geração de ideias inovadoras
Você já ouviu falar, sabe o que é ou já participou de um Hackaton?
O termo é a junção das palavras em inglês to hack e marathon que significam sucessivamente “quebrar”, em tradução livre, e “maratona”. Juntas elas dão significado ao termo que hoje tem conotação de maratona de programação e solução. Nesses eventos hackers, programadores, designers, profissionais da área de administração e outros se reúnem para desenvolver, explorar, desvendar linhas de códigos, discutir ideias e opiniões por horas, dias ou até semanas. Os principais benefícios desses eventos são a transparência e visibilidade nas atividades, bem como a divulgação de novos projetos e produtos que em geral, possuem a característica de “menos é mais”.
Seu primeiro formato, datado do final dos anos 90, era focado na produção de códigos e criptografias que pudessem melhorar o ramo da programação de softwares. Hoje as maratonas são organizadas com temas, regras, regulamentações, resultados e número de participantes específicos e, além disso, são eventos “relâmpagos” com 24, 36 e até 48 horas de duração.
No Brasil, os eventos iniciaram por volta de 2010 e se espalharam por todo o território nacional, sendo hoje considerado um dos melhores métodos para criar novos formatos, aplicações, produtos e soluções. Com destaque para maratonas feitas pelos setores públicos como a 1ª Hackathon da Câmara Municipal de São Paulo e o Hackathon do Governo de Minas Gerais. Esses eventos visavam obter soluções simples para grandes problemas de cidades como São Paulo e Belo Horizonte.
Mas por que participar de hackatons?
Os principais ingredientes desse formato são o desafio, o networking e a diversão, elementos presentes durante todo o processo. O ambiente, que deveria ser competitivo, é descontraído e o que se ouve são os burburinhos de pessoas discutindo ideias, propondo resoluções e criando linhas e mais linhas de código ou escopos de projetos. Por vezes, as intervenções dos mentores geram bagunça e novas ideias, e novamente o barulho de vozes baixas paira pelo ambiente. Outras tantas são as vozes dos participantes dos grupos trocando “figurinhas” num esquema de colab, muito diferente daquele velho formato corporativo em que o sigilo é muito importante.
O que salta aos olhos nesses eventos é a disposição dessas pessoas em passar horas privados de sono, arquitetando ideias, construindo algoritmos, pensando em formas de diminuir o impactos negativos da sociedade e criando opções viáveis a baixo custo. A grande maioria dos candidatos não ganhará a maratona, mas o legado obtido, observado e reaproveitado desses eventos é ímpar e geram grandes resoluções, bons contatos e até grandes startups foram originadas de eventos como esse.
O episódio
E nesse final de semana o Degêcast esteve no Supera Parque conferindo de perto um evento desse, o HackRibeirão 2017, uma maratona de programação voltada a soluções de problemas públicos da cidade de Ribeirão Preto. O evento, que ocorreu nos dias 30/09 e 01/10, e ofereceu um circuito de palestras de capacitação, falas e mentorias aos participantes e ouvintes do evento a fim de solucionar alguns dos mais graves problemas do setor público da cidade.
Nesse episódio conversamos com Gabriel Britto, João Pedro de Oliveira, Renan Rocha e Victor Jorge, fundadores da organização estudantil Nexos Gestão Pública e organizadores e idealizadores dessa maratona. Falamos um pouco sobre:
* A trajetória deles e da Nexos
* A idealização e organização do evento
* Alguns dos palestrantes,