coloca fim no romance, anuncia que o idílio dos dois está acabado, de Elza e de
Carlos, marca o fim e depois continua a narrativa. A página que está escrito
“fim” traz até uma arte que remete ao fim, com a palavra em caixa alta,
distanciada do texto e centralizada, como se tivesse acabado mesmo.
musical, o romance anuncia o fim e segue, num recomeço que nos remete ao um
ciclo. Mário de Andrade era musicista. Na música acontece esse movimento, de
marcar o fim e recomeçar a melodia. Ele usa desse recurso para conferir a ideia
de ciclo ao romance. Terminado o idílio com Carlos, Elza recomeça com novo
aluno, um que ela não gosta, Luís. Mas ela já está decepcionada, porque já
foram tantos, que agora já estão casados, encaminhados na vida – na vida
sexual/sentimental, ao menos – e ela segue presa nesse ciclo, sonhando em ter
um marido. Não consegue que algum aluno se apaixone a ponto de casar, nem
consegue voltar à Alemanha. Pra Elza, amar tem sido um verbo intransitivo, que
não encontra objeto a não ser no marido idealizado em sonhos. O amor dela não
encontra a quem se doar, nem ela é objeto de amor de nenhum dos burgueses que
iniciou sexualmente. Pra personagem Elza, amar é verbo intransitivo.