Segundo a Síntese de Indicadores Sociais do IBGE, o número de jovens entre 15 e 29 anos que não estudam e nem trabalham, os chamados ‘nem-nem’ é o menor já registrado na história do país, em torno de 10.3 milhões de pessoas, cerca de 21% da população nessa faixa etária. No entanto, quando falamos dos domicílios mais pobres, o percentual chega à metade. Dentre as muitas revoluções que a Geração Z anda trazendo para o mundo do trabalho e estudos, a desigualdade social continua sendo o maior definidor do futuro desses jovens. 'O jovem é nem-nem, em geral, por conta da quantidade de portas fechadas e da falta de portas abertas para inventar um futuro'.

Embalados pelo sucesso do filme “Ainda estou aqui” que conta a história de Eunice Paiva, viúva de Rubens Paiva, torturado e morto durante a ditadura militar, jovens vêm utilizando as redes sociais para contarem sua história familiar durante esse período. Diversos deles contam nas redes a experiência de pais, mães, avós e tios na luta contra a ditadura, a tortura por parte dos militares e o exílio. Os relatos renderam quase quatro milhões de visualizações nas redes. Ouça o comentário completo.

Em decisão recente, o tiktok anunciou que vai restringir os filtros de beleza entre os adolescentes, visando combater os impactos das pressões estéticas entre os mais jovens. Os usuários menores de 18 anos estarão proibidos de usar os filtros, que aumentam lábios, diminuem o nariz e fazem a pele ficar sem nenhuma marca de tempo. Nesse mesmo momento, a plataforma quer banir os menores de 13 anos e estão ajustando os bots para ajudar nesse novo momento. As regulações são parte de uma nova política de ajustes de segurança, antes que políticas de restrição sejam anunciadas por diversos governos ao redor do mundo. O impacto dos filtros e das redes sociais na saúde mental dos mais jovens, sobretudo dos adolescentes, é o principal foco dessas tentativas de regulamentação.

Reclamar é um ato compartilhado por todos os seres humanos. Quando ficamos frustrados, nossa tendência é reclamar daquilo que não foi bom. Mas e quando isso vira um comportamento crônico? Especialistas alertam para os perigos da reclamação como forma de enxergar o mundo e como isso pode influenciar os relacionamentos e hábitos de quem reclama. Psicólogos alertam que isso pode ter impacto na saúde mental e emocional, além de física.

Michel Alcoforado fala sobre pesquisa do LinkedIn que revelou que 10% dos profissionais contratados em 2023 atuam em funções inexistentes nos anos 2000, como cientista de dados e engenheiro de IA. Esse número deve crescer para 70% até 2030, impulsionado por avanços tecnológicos e a massificação da inteligência artificial. Ouça.

Michel Alcoforado aborda o impacto preocupante da queda no hábito de leitura no Brasil. Ele destaca que, embora o consumo de texto escrito tenha aumentado com o uso de tecnologias como celulares e mensagens instantâneas, isso não equivale ao hábito profundo de leitura, essencial para o desenvolvimento cognitivo e relacional. Ouça.

Os alertas dos cientistas e especialistas ao redor do mundo nas últimas décadas surtiram efeito: as taxas de consumo de cigarro estão em declínio no mundo inteiro, ainda que pelo menos 1,25 bilhões de adultos sejam usuários de tabaco ao redor do globo. Essa queda, no entanto, pode ser desestabilizada por uma volta da glamourização do cigarro por celebridades e influencers. Os “cigfluencers”, que também dá nome a uma página no Instagram mostrando a celebridade mais “cool” do momento empunhando um cigarro, entendem o ato de fumar como uma resistência a um mundo decadente, apocalíptico e positivamente tóxico.

De acordo com o Culture Next, relatório anual de tendências globais do Spotify, 70% dos jovens brasileiros estão consumindo conteúdos em áudio para diminuir uso das redes sociais. Michel Alcoforado fala sobre o assunto e destaca os motivos dessa mudança de hábito. ‘Quando estamos falando de plataformas de áudio e de conversas com voz, a gente trabalha a conexão com aquele que nos ouve em uma lógica que falta no mundo completamente digitalizado, que é a ideia de comunidade’.

Michel Alcoforado fala da discussão sobre a escala 6x1 e aborda o aspecto social e cultural do trabalho. ‘O jogo que a gente vai ter que discutir é que tipo de vida queremos oferecer para esses trabalhadores que hoje estão indo na contramão daquilo que o mundo está entendendo como saudável, como produtivo para o capitalismo’. Ouça o comentário completo.

Dados do Censo Demográfico realizado em 2022 pelo IBGE sobre composição domiciliar divulgados nesta semana indicam que quase 12 milhões de pessoas estão morando sozinhas no Brasil, equivalente a 18,9% dos domicílios. No censo anterior, realizado em 2012, a quantidade de pessoas morando sozinhas era em torno de 12,2%. Os estados com mais pessoas morando sozinha são o Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Espírito Santo. Amapá, Amazonas e Pará são os lugares com o menor número de unidades unidomiciliares. Mas quais são as causas do crescimento das moradias com apenas uma pessoa?